(Foto: Sagres TV)

O presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), Gilberto Marques Filho, disse nesta quinta-feira (30) à Sagres 730 que o lago no Parque Sebastião Júlio de Aguiar, no Parque Oeste Industrial, será construído abaixo da vereda e que não prejudicará sua preservação ambiental. Ontem (29) um grupo de vereadores visitou o local e criticou a obra, que já está sendo realizada por um pool de empresas do setor imobiliário.

Segundo o presidente da Amma, lá não existem 29 nascentes, como afirmam os críticos do lago, mas sim pontos de afloramento de lençol freático. Só que independentemente da solução para o impasse o fato é que a obra está suspensa, garante Samarone Nunes, membro do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de Goiânia. A suspensão é automática, disse também à Sagres nesta quinta-feira, porque foi aberto em 24 de maio o processo de tombamento da área.

Dois projetos

Gilberto Marques Filho informou que a Amma aprovou um projeto para o parque sem o lago, porque havia um parecer de técnicos internos de que sua construção poderia afetar a vereada coberta de buritis. Os empreendedores já sabiam que o parque seria sem o lago, quando ele ficou sabendo que havia uma discussão anterior, que teria tido a participação do Ministério Público, prevendo o lago. Foi então que decidiu rediscutir essa possibilidade.

Gilberto Filho afirma que fez a discussão “com muita responsabilidade”, em diálogo com a Delegacia de Meio Ambiente, com o MP. Ele diz que há divergências técnicas internas na agência e que considera isso normal. Depois dessa rediscussão procurou um parecer de um técnico de fora e decidiu liberar o projeto com o lago.

“Ele será abaixo das nascentes, não vai prejudicar a vereda. Essa gestão foi a que mais preservou nascentes. O que acontece é oportunismo, ações políticas de adversários do prefeito que fazem trabalho para tumultuar a gestão de Iris [Rezende]”, diz, referindo-se aos vereadores. “O lago está abaixo dos buritis, ele vai propiciar conforto térmico, retém mais água no município e melhora o paisagismo”, defendeu.

Samarone Nunes, membro do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de Goiânia, informou à Sagres que a suspensão do projeto ocorreu independentemente de pareceres técnicos.

Ele disse que o conselho recebeu a denúncia e abriu o processo e que só agora solicitará dados das duas partes, favorável e contrária, para analisar o caso. “A denúncia era de possível ilícito nessa área, que está à beira de área de preservação e afeta a paisagem cultural. O passo seguinte é receber os pareceres técnicos para se caracterizar de maneira técnica o que está acontecendo e chegar a conclusão se há necessidade de tombamento”.

A suspensão, disse, ocorre a partir da notificação dos proprietários do terreno e de todos os envolvidos na obra. Ele não soube precisar quanto tempo o conselho vai precisar para concluir todo o processo e tomar uma decisão. A prefeitura de Goiânia informou à Sagres que estuda o caso para decidir se vai recorrer à Justiça contra a suspensão.

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