No final da noite deste sábado (22), Goiás e Atlético Goianiense voltaram a se encontrar na Série A depois de dez anos. No estádio Hailé Pinheiro, melhor para os esmeraldinos, que conquistaram sua primeira vitória no Campeonato Brasileiro ao bater os rivais rubro-negros por 2 a 0. Em entrevista à repórter Nathália Freitas, o presidente executivo atleticano Adson Batista avaliou a derrota.

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Na opinião do principal dirigente rubro-negro, “foi um jogo muito difícil. O Goiás teve muita vontade e disposição, entrou no jogo muito melhor concentrado do que nós, com muito mais vontade e determinação. Em clássico, se você não entrar com disposição, raça e vontade, você terá muitas dificuldades. No primeiro tempo, demos um gol para eles, que dificultou ainda mais as coisas. No segundo tempo, melhoramos muito”.

“Quando começamos a ‘amassar’ o Goiás, vieram as mexidas, que não entendi muito. Sinceramente, nem no Inter entendi. Mas vamos dar tempo ao tempo. É nítido que precisamos de mais um atacante definidor e precisamos entender que na Série A não tem jogo fácil. Não existe ninguém morto e o Goiás, realmente, soube fazer e ganhar o jogo. No ‘finalzinho’ demos outro gol e foi esse show de entregadas, infelizmente”, completou.

Questionado sobre quais substituições não entendeu, Adson ressaltou que “essas coisas trabalharei internamente. Chego a ser até sincero demais, estou chateado e triste, muito triste, e espero que possamos aprender com esses erros graves, porque no sul fizemos um grande primeiro tempo e no segundo foi outra tragédia, parecia um outro time. Mas temos condição, o time não é ruim e não podemos nós mesmo sermos os nossos adversários”.

“Espero que possamos agora focar na Copa do Brasil e buscar outra decisão no domingo, contra o Ceará, que também é outro time vem jogando bem. No Campeonato Brasileiro, não tem jogo fácil: se não tiver espírito, coragem e vontade mais do que o adversário, você terá muita dificuldade e foi isso que aconteceu”, acrescentou. O Atlético volta a campo na quinta-feira (27), contra o São José-RS, no jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil.

Vagner Mancini

Sobre estar satisfeito com o trabalho do treinador Vagner Mancini, o presidente rubro-negro ponderou que “eu confio. Errar, ele errou, como todos erram, e não podemos por só na conta dele, porque no primeiro tempo apanhamos de tudo quanto é jeito aqui. Tem que se impor, não posso ver jogador que toma umas duas ‘chapadas’ e vai para trás armar jogo, isso não pode. Eu não posso por só na conta do treinador”.

“Vamos trabalhar internamente, mas eu também não posso, em quatro partidas, tomar decisões e fazer como que parece que tudo já não presta mais. Não, temos um bom time, temos que ajustar algumas coisas e precisamos simplificar, não inventar, porque se inventar as coisas pioram”, finalizou Adson Batista.

Matheuzinho

Com o retorno de Gustavo Ferrareis ao time titular, Matheuzinho foi preterido por Everton Felipe. Se o torcedor pediu a presença do meia-atacante canhoto na formação, líder de assistências na temporada, o dirigente frisou que “o torcedor então tem que ir lá e treinar o time. Isso é coisa de torcedor mesmo, ele terá essas atitudes, porque o Matheuzinho tem um histórico bom, mas começou o campeonato com uma fatalidade e o time jogou muito bem. Com o Sport, foi uma partida atípica, porque cedemos o empate e uma expulsão muito juvenil da nossa parte. Contra o Inter, não conseguiu também fazer uma boa partida”.

Na sua visão, “não podemos trabalhar para o passado ou para o futuro, temos que trabalhar para o presente. O treinador está tirando as conclusões e daqui a pouco o Matheuzinho, se merecer, será titular. No Atlético, não tem isso, joga quem o treinador escolher que for o melhor. Se o treinador não der conta e não fizer as coisas certas, lá na frente tenho que tomar atitude. Eu não posso é ser intempestivo, descontrolado e trocar treinador toda hora, porque não funciona assim. Tem hora também que somos torcedores, que fica indignado, grita e se expõe, sou ser humano e quero ver o Atlético ganhando e jogando bem”.

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