O Governo de Goiás mudou a metodologia de avaliação das regiões de saúde de Goiás. A mudança ocorreu após a reunião com os prefeitos da Região Metropolitana de Goiânia, neste sábado (27/2). Um dos parâmetros utilizados era a taxa de ocupação de enfermaria que, segundo a Secretaria de Saúde, é um dado que não reflete o nível de gravidade. Portanto, essa taxa foi suprimida.

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Com a divulgação de um novo mapa neste sábado, das 18 regiões do estado, 17 ficaram em situação de calamidade. Apenas uma está em situação crítica: a região Nordeste II. “Quando se olha o todo, nós consideramos o estado todo como situação de calamidade”, avaliou o secretário de saúde Ismael Alexandrino durante coletiva na tarde desse sábado.

A região Nordeste II abrange as seguintes cidades: Alvorada do Norte, Buritinópolis, Damianópolis, Guarani de Goiás, Iaciara, Mambaí, Nova Roma, Posse, São Domingos, Simolândia e Sítio D’Abadia. No primeiro mapa divulgado essa região estava em calamidade.

O estado adequou os indicadores utilizados na semana anterior por considerar que os novos indicadores propostos têm maior potência, confiabilidade e sensibilidade para identificar o risco de colapso. São eles:

  • O indicador “Variação de solicitações de leitos de UTI ao Complexo Regulador Estadual
    (CRE), em 7 dias” foi substituído pelo indicador “Incidência de solicitações de leitos de
    UTI ao Complexo Regulador Estadual (CRE), em 7 dias”;
  • O indicador “Taxa de Ocupação de leitos de enfermaria públicos e privados dedicados
    para COVID-19, por macrorregião” foi substituído pelo indicador “Taxa de ocupação de
    leitos de UTI estaduais dedicados para COVID-19, por região (ou macrorregião quando
    indisponível na região)”.

Para avaliação da aceleração do contágio, serão considerados:

  • Velocidade de contágio no tempo (R);
  • Incidência de casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), em 15 dias;
  • Variação de mortalidade por COVID-19, em 15 dias.

As recomendações aplicadas em regiões classificadas em situação crítica ou de calamidade só poderão ser modificadas se a região apresentar melhora da situação por duas semanas consecutivas, ou seja:

  • a região que na semana anterior estava com situação de “calamidade” e nesta semana
    melhorou para “crítica” ou “alerta”, precisa manter as medidas de “calamidade” por mais
    uma semana;
  • a região que na semana anterior estava como situação “crítica” e passou para “alerta”
    nesta semana, precisa manter as medidas de situação “crítica” por mais uma semana;
  • a região que piorou a situação deverá imediatamente adotar as medidas restritivas da
    situação de piora em que se encontra agora, e manter tais medidas por 14 dias.

Segundo Ismael, até quinta, 70 cidades haviam aderido às recomendações do estado. A tendência é de que com as novas restrições da região metropolitana, outras cidades sigam os protocolos sugeridos pelo governo. O entorno, por exemplo, que é uma região de preocupação do governo, vai fazer o toque de recolher.

CONFIRA AS RECOMENDAÇÕES EM CADA SITUAÇÃO:

  • ALERTA

Quando classificada em situação de alerta, é permitido à região o funcionamento de todas as atividades, exceto eventos com mais de 150 pessoas.

  • CRÍTICA

No caso de situação crítica, deve-se reduzir a capacidade de atendimento em atividades de alto risco de contaminação, como bares e instituições religiosas – ambos passam a ter permissão para ocupar 30% da capacidade. Já as atividades de baixo risco, como salões de beleza, barbearias, shoppings e centros comerciais, ficam com o limite de 50% de utilização. Eventos, transporte coletivo e outros setores terão restrições específicas.

  • CALAMIDADE

Já para os casos de calamidade, o entendimento das autoridades em saúde é de que haja a interrupção de todas as atividades, exceto supermercados e congêneres, farmácias, postos de combustível e serviços de urgência e emergência em saúde. A nota técnica define ainda que, caso seja observado piora nos indicadores, cada região manterá as medidas restritivas respectivas a cada situação por pelo menos 14 dias. As ações de controle de contágio serão avaliadas pela Secretaria de Saúde semanalmente.