Repense do último domingo (22) mostrou como o Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Menino Jesus, em Hidrolândia, utiliza na merenda escolar das crianças alimentos de pequenos produtores da cidade. A lei federal de 2009, a 11.947 diz que pelo menos 30% dos recursos financeiros da alimentação escolar devem ser da agricultura familiar, assentamentos da reforma agrária, comunidades tradicionais indígenas e quilombolas.

Confira o vídeo:

O tema foi discutido no Arena Repense desta segunda-feira (23), que teve mediação dos jornalistas do Sistema Sagres, Samuel Straioto e Jéssica Dias.

A conversa foi com o coordenador de relações internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Contraf), Marcos Rochinski, a secretária de Educação de Hidrolândia, Jeruza Mendonça, o instrutor da Renapsi (SP), Vander Batista, e o superintendente de Produção Rural Sustentável da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás (Seapa), Leonardo Silvério.

De acordo com Jeruza Mendonça, a ideia é priorizar a saúde das crianças, reconhecendo que a alimentação delas é uma responsabilidade da secretaria e do município como um todo.

“Em parceria com a nutricionista, nós organizamos um cardápio que fosse nutritivo para nossas crianças, porque elas precisam estar bem alimentadas para ter um desenvolvimento cognitivo. Juntamente com a lei do mínimo de 30%, mas aqui o investimento é mais do que isso”, explicou.

(Foto: Reprodução/Sagres TV)

Marcos Rochinski também defendeu a ideia e, como agricultor familiar, exaltou o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), política pública com maior potencial de combate à fome.

“Mais do que garantir renda para inúmeras famílias, esse processo incentiva o processo de organização das pequenas cooperativas, associações, etc. O volume de recursos que você tem na merenda escolar, nos 30, 40 ou 50%, não resolve todo o problema de escoamento dos agricultores familiares, mas é um processo de fundamental importância. Dá segurança que pelo menos uma parte da sua produção está garantida”, destacou.

Segundo Leonardo Silvério, atualmente os produtores estão cada vez mais conscientes da necessidade de se produzir de forma sustentável, algo também incentivado pela Seapa.

“Pensando nesse projeto citado em relação às escolas, nós já temos operacionalizado alguns programas que vão de encontro à essa demanda. Temos aqui em Goiás o programa ‘Goiás Social’, em que a Seapa com outras secretarias, realizam curso de capacitação para produtores da agricultura familiar. Posteriormente, os que se enquadram como possível beneficiário, recebem um crédito para plantação de hortas”, exemplificou.

Assista o Arena Repense na íntegra pelo link acima.

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