“Estou muito feliz em estar aqui, em vestir essa camisa. Acredito que estou pronto e bem preparado para esse novo projeto que o Goiás está fazendo. Vamos lutar para colocar o clube no lugar onde ele deveria estar, que é na Série A. Optei por vir para cá porque acredito no projeto do Goiás, na estrutura e na história que o clube tem. Que eu possa fazer um grande campeonato aqui para sair e ir para um clube grande, para fora do país e poder ajudar a minha família”.

Assim Alef Manga iniciou a sua trajetória no Goiás. A declaração não foi bem recebida e se tornou a primeira de uma das várias polêmicas em que o jogador de 26 anos se envolveu em Goiânia. De toda forma, o desempenho em campo comprovou a intenção do atacante, artilheiro esmeraldino na Série B com 10 gols em 33 partidas, além de quatro assistências.

Em uma carreira com passagens pelo interior do Paraná e em Alagoas antes de se destacar no Volta Redonda, onde anotou seis gols na Série C de 2020 e se consagrou artilheiro do Campeonato Carioca nesta temporada, com nove tentos, Alef Manga atingiu a primeira meta traçada na Serrinha: ser protagonista do acesso do clube alviverde à elite nacional.

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Segundo Evandro Gomes, “acho que é julgado ora de uma forma sórdida, ora de uma forma sublime. Não conheço a vida particular do Alef Manga, e não me interessa. O que me interessa é ele dentro de campo. Tem aqueles que falam do lado disciplinar dele, que não se recomenda como atleta profissional. Mas os gols que marca o tornam um dos mais importantes desta Série B”.

“Não por acaso, foi artilheiro do Campeonato Carioca disputando jogos contra Flamengo, Botafogo, Vasco e Fluminense. Aqui no Goiás, apesar dos problemas fora de campo, das discussões com treinadores, dentro de campo pode ir mal em uma, duas, três ou quatro jogadas, mas em uma certa, e assim vai sendo artilheiro do time, empurrando o Goiás para a primeira divisão”, completou.

José Carlos Lopes destacou que “o Alef Manga é o grande atacante do Goiás neste Campeonato Brasileiro. Pegando só os times que conseguiram o acesso, vemos atacantes melhores. Em 94, o Baltazar. Em 99, foram vários: Dill, Araújo e Fernandão. Em 2012, Iarley, Ricardo Goulart e Walter. Em 2018, o Michael. Mas o Manga está inserido entre esses grandes atacantes”.

“O problema dele é que tem um parafuso a menos, ou sei lá quantos a menos, e ele não regula bem. É um jogador de temperamento forte e que precisa ter muito cuidado. Mas no campeonato, que é o que interessa, ele fez a diferença e foi o grande atacante do Goiás, o artilheiro com 10 gols”, acrescentou o comentarista.

André Isac ponderou que “cobramos muitas vezes nos últimos anos que o Goiás fizesse investimentos na contratação de jogadores, e o Alef Manga foi o maior investimento nesta Série B. Ele estava no Volta Redonda, artilheiro do Campeonato Carioca, então Edminho, Paulo Rogério e Harlei viram o jogador: ‘queremos ele'”.

“Quanto custa? O Volta Redonda cobrou R$ 500 mil, e o salário não é pequeno, até porque tinha outras propostas, mas o Goiás fez o investimento e venceu a concorrência. Apesar de um disse me disse aqui e outro ali, de uma situação ou outra, ele fez um baita campeonato. O Alef Manga correspondeu 100% ao esforço que o Goiás fez para contratá-lo”, finalizou.