A Copa São Paulo de Futebol Júnior terminou há pouco mais de um mês, mas o Atlético Goianiense ainda colhe os frutos da competição. Além de ter sido eliminado na terceira fase pelo Palmeiras, que acabou levantando o troféu, e igualar sua melhor campanha no torneio, o rubro-negro também fez um trabalho para mapear nomes para reforçarem suas categorias de base.

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Durante os jogos, gestores das categorias de base, olheiros e membros da comissão permanente do clube estiveram espalhados pelas cidades do interior paulista para buscarem novos talentos. entre esses profissionais estavam Rafael Cotta, coordenador técnico, e o Eduardo Souza, que era auxiliar técnico e acabou deixando o Dragão na última semana.

Além de mapear esses jovens atletas, Cotta também tem papel importante na transição destes jogadores da base para o time profissional. Até por isso, acompanhará de perto o desenvolvimento dos quatro nomes contratados após a Copinha: o goleiro Matheus Vieira, o zagueiro Cristiano, o volante Gustavo e o meia Pedro Lemos. Todos esses dentro de um perfil que o clube entende ser o ideal para vestir a camisa do Atlético-GO.

“A gente precisa de muita competitividade, de jogadores que jogam em alta intensidade, com bom perfil físico, de jogadores que ‘tenham fome’ e usem o Atlético-GO como a oportunidade da vida deles. Não adianta trazermos jogadores que nos darão problema extracampo, é claro que na base é possível ‘consertar’, mas precisamos trazer atletas que sejam realmente atletas, que sejam profissionais, que queiram evoluir e busquem algo mais”, explicou Rafael Cotta em entrevista à Sagres.

Rafael Cotta, coordenador técnico do Atlético-GO, em entrevista à Sagres (Foto: Nathalia Freitas/Sagres On)

O coordenador técnico também ressaltou que encontrar o perfil ideal é apenas o primeiro passo para acertar uma contratação. A dificuldade maior vem na hora da negociação, quando o clube goiano precisa enfrentar a concorrência de outras equipes para garantir a chegada de algum destaque.

“O grande desafio é a gente tentar trabalhar na frente, com muita consciência e sabedoria para que a gente consiga captar os melhores atletas. Sabemos que é difícil, que as equipes consideradas grandes do Brasil têm um trabalho e chamam mais atenção dos jovens. Ele têm uma estrutura que vem a longo tempo, eles consegue oferecer uma parte financeira melhor para esses atletas, talvez, e o Atlético-GO vem evoluindo”, salientou.

Os reforços chegam primeiramente para as categorias de base, mas serão observados pela comissão permanente para talvez integrarem o elenco principal na sequência da temporada. Alguns, inclusive, já participaram de um treino com o técnico Umberto Louzer no último sábado (26). Apesar disso, Rafael Cotta prefere não projetar um número de atletas da base que farão parte do grupo profissional em 2022.

“É difícil mensurar porque há muita variação. Hoje tentamos montar um elenco que tenha um equilíbrio entre as posições. Eu estou em contato direto e diário com os gestores e com os treinadores da base, preciso saber como esses atletas estão, principalmente os do time sub-20. Sabemos que oscila muito, então converso muito com o Rogério Corrêa (técnico do sub-20) para saber como está o jogador no treino. Temos que saber quem está melhor em cada posição, porque se precisarmos a gente já pede para o atleta vir (para o profissional). Eles vão ter as oportunidades deles”, afirmou.

Em entrevista à Sagres, Rafael Cotta analisou as quatro contratações do Atlético-GO após a Copinha. Confira na reportagem abaixo: