Uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa discutiu o tema Tráfico de Mulheres. Segundo a Superintendência da Polícia Federal do Estado, a Justiça recebeu nos últimos 10 anos, mais de 60 inquéritos de tráfico internacional de mulheres goianas.

O Superintendente Regional da PF, Joaquim Cláudio Figueiredo Mesquita explica que os casos acontecem por meio de uma ação de aliciadores.

“Temos pessoas que estimulam de mulheres para o exterior com promessas de emprego, e quando chegam ao local, estas promessas não se realizam, e muitas delas acabam se tornando reféns desses grupos organizados”.

A Professora do Núcleo de Pesquisas sobre Gênero da PUC-Goiás, Aldevina Maria dos Santos fez um levantamento entre os anos de 2008 e 2010. Constatou-se que o poder público avançou, mas existem situações em que o poder público ainda é ineficiente no combate ao tráfico de mulheres.

“Nós identificamos que a área de repressão em Goiás avançou. Goiás é o Estado que possui o maior número de processos na área do tráfico. Por outro lado, na área da prevenção e do cuidado às vítimas, nós temos que trabalhar”, avalia.

O Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Deputado Estadual Mauro Rubem (PT) analisa que a falta de políticas públicas e a centralidade de Goiás faz do Estado na rota do tráfico internacional.