Todos os elogios que tem recebido o presidente do Atlético Adson Batista são fruto de um trabalho diferenciado que ele presta ao futebol, mais especificamente ao Atlético. Adson foi jogador de futebol e dono de um Clube de Futebol Empresa, o Grêmio Inhumas, que foi vendido para um grupo português e este grupo mudou o Clube de cidade e de nome. Foi transferido para Anápolis e passou ser Grêmio Anápolis.

Adson chegou ao Atlético há 15 anos, como gerente de futebol. Foi trazido pelo então presidente Valdivino José de Oliveira para cuidar da reconstrução do futebol no Clube, que estava voltando ao mundo profissional da bola, após alguns irresponsáveis tentarem solapar o patrimônio do Atlético, para transferir o que era da equipe para seus patrimônios pessoais.

O Estádio Antônio Accioly chegou a ser negociado, num negócio macabro, mas um dos sócios fundadores estava vivo, Omar do Carmo, e no estatuto do Clube diz que qualquer dos sócios fundadores podem inviabilizar qualquer negócio com o patrimônio imobiliário do Atlético.

Omar foi à justiça e embargou o negócio macabro. No local os “negociadores” construiriam um shopping que teria como sócios proprietários os dirigentes que estavam responsáveis pela diretoria do Dragão e o consórcio construtor. Para o Atlético ficaria a renda do estacionamento. Detalhe: para compradores, trabalhadores e donos das lojas neste shopping, o estacionamento seria de graça. Se aparecesse alguém para locar uma vaga, este dinheiro seria a única fonte de renda que o shopping transferiria para o Clube, ou seja, nenhum centavo.

No momento em que o desmanche do Estádio começou, Omar foi à justiça e embargou o negócio. Os recursos jurídico dos interessados em lesar o Clube enrolaram a vida atleticana por quase 10 anos e quando a justiça deu a palavra final, o empresário Wilson Carlos assumiu a presidência do Atlético, remontou o Estádio e o Centro de Treinamentos do Urias Magalhães (de forma modesta) e passou o bastão para Valdivino, que cuidou da reedificação real do Clube como um todo.

Para estruturar o futebol, foi contratado Adson Batista. O Atlético voltou em 2005 disputou a Divisão de Acesso, foi campeão e de lá para os dias atuais o Atlético voltou ser este gigante no futebol goiano. O Adson capitaneou todo avanço. Enquanto tornava o time maior, ele foi crescendo dentro da estrutura interna, até chegar ao posto de presidente que ocupa hoje.

Não há registro de jogador que deixa o Atlético, sem que outro da mesma posição já não esteja em observação para a reposição. Nesta semana ele mostrou toda sua eficiência. No sábado, 19, o Atlético jogou e perdeu para o Atlético Mineiro por 4×3. Naquele jogo o atacante Renato Kayzer fez sua última partida com a camisa do time Campineiro, e nesta quinta-feira (24), o Atlético já anunciou a contratação do atacante Zé Roberto, que havia passado pelo Clube no ano passado, por 19 dias, fez um jogo oficial e fez um gol, mas havia vindo por empréstimo do Mirassol, de São Paulo, e o Clube paulista teve uma proposta do exterior pelo jogador e no contrato de empréstimo, estava previsto que se houvesse proposta como esta, o Atlético liberaria o jogador recebendo a comissão pelo direito de vitrine. O Atlético recebeu R$ 800 mil pelo negócio.

Desde então o Zé Roberto continuou sendo observado de perto pelo Adson Batista. Retornou ao futebol brasileiro no início do ano. Adson tentou contratar o jogador, mas a atuação dele pelo Mirassol contra o São Paulo, tendo retornado em um dia, jogado no outro sem realizar nenhum treinamento com o grupo e marcou os dois gols que eliminaram o São Paulo na fase final, do Paulistão, classificando o Mirassol.

Esta façanha valorizou muito o jogador na bolsa de negociações e o Atlético não teve condição de entrar no leilão. Mas Zé Roberto nunca saiu do radar do Adson Batista. Há dois meses, quando soube que os procuradores de Renato Kayzer estavam tentando negociar o jogador com outras equipes, com a aquiescência do Cruzeiro, dono dos direitos econômicos do jogador, Adson voltou a monitorar o Zé Roberto para um retorno caso fosse necessário.

Primeiro ele tentou a compra de Renato Kayzer e não conseguiu porque os procuradores do atleta orientaram para não assinar o contrato com o Atlético, o que impedia que o Atlético fizesse o depósito para o Cruzeiro e ficasse com os direitos do jogador em definitivo.

A partir desse momento Adson intensificou a negociação com Zé Roberto. Foi por isto que o Kayzer saiu em um jogo e antes do próximo jogo acontecer, seu substituto já está adquirido, com a compra de 60% dos direitos econômicos econômicos do atleta.
Mais uma vez o Adson prova que todos os elogios que recebe não são fruto do acaso.