Sagres em OFF
Rubens Salomão

Caiado assina carta de governadores para desmentir Bolsonaro sobre combustíveis

Grupo de 20 governadores assinou carta que desmente as acusações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que os estados seriam os responsáveis pelo aumento no alto preço dos combustíveis nas bombas de postos em todo o país. “Os governadores dos entes federados brasileiros signatários vêm a público esclarecer que, nos últimos 12 meses, o preço da gasolina registrou um aumento superior a 40%, embora nenhum estado tenha aumentado o ICMS incidente sobre os combustíveis ao longo desse período”, afirmam os gestores no documento.

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“Essa é a maior prova de que se trata de um problema nacional, e, não somente, de uma unidade federativa. Falar a verdade é o primeiro passo para resolver um problema”, escrevem. A manifestação reuniu governadores de diversos partidos, como Flávio Dino (PSB-MA), Ronaldo Caiado (DEM-GO), Rui Costa (PT-BA), Cláudio Castro (PL-RJ), Romeu Zema (Novo-MG), Eduardo Leite (PSDB-RS) e Ibaneis Rocha (MDB-DF), entre outros.

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O presidente tem sido constantemente cobrado pelo alto valor dos combustíveis e do gás de cozinha, que tiveram aumentos recorde desde o ano passado. Em alguns locais, o litro da gasolina já chega a R$ 7, enquanto o botijão de gás de cozinha está em torno de R$ 100. Bolsonaro costuma responsabilizar a política de cobrança do ICMS, aplicada pelos governadores, como principal fator de alta no preço dos combustíveis. A argumentação foi contestada por deputados em audiência na semana passada.

Foto: Caiado e Bolsonaro se cumprimentam durante evento em Mara Rosa (GO). (Crédito: Divulgação)

Pedido de cima

O plano eleitoral do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, foi alterado por ordem do presidente Jair Bolsonaro. O ministro tinha a intenção de disputar uma cadeira no Senado por Goiás ou Mato Grosso, mas Bolsonaro o quer na disputa pelo governo de São Paulo, para ter plataforma no estado e fazer frente a João Doria (PSDB).

Antecipação

Tanto que Tarcísio passou a pressionar com mais força a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para aprovar logo as regras do edital de privatização da última rodada de aeroportos, que inclui Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ). A intenção é avançar nos processos antes que o ministro tenha que de desincompatibilizar do cargo, no dia 2 de abril.

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Foto: Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. (Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Instrumento

A saída de Hélio Lopes da presidência do Ipasgo foi marcada por divergências internas com dois pontos cruciais: a falta de autonomia financeira do instituto e a utilização política do órgão pelo agora ex-presidente. O secretário de Sáude, Ismael Alexandrino, passa acumular a presidência do plano.

Pressão

Por motivos semelhantes, deputados estaduais da base governista intensificam pressão pela saída do vice-presidente da Agehab, Luiz Sampaio. Parlamentares observam concorrência desleal, já que Luiz estaria utilizando a Agência como plataforma para candidatura a deputado estadual em 2022, com apoio do vice-governador Lincoln Tejota (Cidadania).

Foto: Lincoln Tejota com o cantor Marrone e o vice-presidente da Agehab, Luiz Sampaio (dir.). (Divulgação)

Olhos vendados

O governo tenta acalmar os ânimos dos deputados, via líder da base, Bruno Peixoto (MDB), e presidente da Casa, Lissauer Vieira (PSB), e não considera, por enquanto, a saída do pré-candidato antes do prazo de desincompatibilização. Expectativa é de que todos os interessados em disputar a próxima eleição entreguem os cargos na gestão estadual na virada do ano.

Tente outra vez

A Comissão Mista da Câmara de Goiânia aprovou ontem texto que cria a quarta vice-presidência da Mesa Diretora e incorpora a função do corregedor. Além disso, emenda ao projeto de reestruturação interna também prevê a antecipação da eleição para presidência da Casa.

Foto: Presidente da Câmara, Romário Policarpo, no plenáro da Casa. (Crédito: Divulgação)

Prazo

O texto estabelece a possibilidade de o presidente, Romário Policarpo (Patriota), convocar eleições da Mesa a qualquer momento, desde que com 48h de antecedência. Nos bastidores, intenção é convocar votação para a próxima semana, com a reeleição de Policarpo. A emenda foi incluída pelo vereador Juarez Lopes (PDT).

Apoio

Em abril deste ano, Romário Policarpo tentou emplacar a mesma emenda, mas percebeu repercussão negativa e, sem o apoio da prefeitura, a proposta foi engavetada. Agora, a alteração é realizada a jato e com o aval do Paço.

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