Sagres em OFF
Rubens Salomão

Caiado busca reconciliação com ruralistas e se lança candidato a presidente em 2026

O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) afirmou, durante almoço com representantes do agronegócio e ruralistas, que pretende ser candidato a presidente da República em 2026, caso seja reeleito em outubro próximo. A busca por reaproximação com o setor, depois do afastamento do governador com o presidente Jair Bolsonaro (PL), mostra que o governador de agora não pretende ficar tão distante do personagem que chegava a comícios montado a cavalo na eleição presidencial de 1989, quando representou a União Democrática Ruralista (UDR) e teve 1% dos votos.

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No momento em que antecipou o plano nacional, Caiado direcionada as falas para a primeira-dama, Gracinha Caiado. “Se Deus me der saúde e tendo a chance de ser reeleito em Goiás, eu serei candidato a presidente em 2026”, avisou. Em novo aceno ao bolsonarismo, o governador voltou a enfatizar sua luta contra a esquerda no país, em referência a possível segundo turno entre Jair Bolsonaro e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. “Entre os dois lados, vocês sabem com qual eu caminharei”, disse, sem citar nomes dos pré-candidatos.

O governador ainda relembrou diretamente a época em que integrou a União Democrática Ruralista (UDR). “Tenho caráter firme. Já enfrentei a esquerda quando eram poderosos. Tenham a certeza que não sou guiado por ninguém, sou guiado convicções”, disse.

Ao setor

Ao falar às lideranças do segmento produtivo, Caiado destacou ações de governo que refletiram positivamente no setor, como a reestruturação de rodovias, que melhora o escoamento de produção; e o fortalecimento da segurança no campo, por meio da Patrulha Rural.

Segurança

“Hoje não se vê nenhuma fazenda invadida em Goiás. Você vê segurança jurídica estampada, um Estado que não meteu a mão no bolso do produtor rural”, considerou.

Apoios

Representantes dos ruralistas fizeram coro com Caiado, durante o almoço, no Palácio das Esmeraldas. “Nós temos um governador que acompanha, representa e defende o setor há mais de 30 anos”, destacou o deputado federal e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner.

Representação

“O agronegócio, que sustenta esse país, sempre teve apoio de Caiado, a quem agradeço muito pela história. Por muitos anos foi o principal representante do produtor rural”, disse Eurico Velasco, presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA).

Lançamento

Filiado ao PL, mas ainda sem conseguir unidade no partido, o deputado federal Major Vitor Hugo agendou para o dia 14 de maio o lançamento de sua pré-candidatura ao governo de Goiás.

Carteirada

O parlamentar pretende ter no evento a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), entre outras lideranças nacionais da direita.

Risco real

Apesar de ter fechado a receita de 2021 com superávit, o secretário de Finanças da Prefeitura de Goiânia, Vinicius Pires Alves, mostrou ontem preocupado com o futuro das contas municipais. Segundo ele, são necessárias medidas de contenção de despesas ainda em 2022 para que a administração não entre em desequilíbrio.

Medidas

“Muita coisa a ser feita para melhorar a arrecadação aliada a justiça fiscal e tributária que é um pacote que pretendemos protocolar até junho para diminuir as discrepâncias e os pontos divergentes que houveram. Tudo isso se não segurarmos as despesas e contingenciamento, a gente corre o risco de fechar o ano desequilibrado”, disse.

Tô fora!

O PSOL decidiu não participar da frente de esquerda liderada por PT e PSB em Goiás. A decisão foi formalizada em nota assinada pela presidente estadual do PSOL, Cíntia Dias. O partido segue contra o alinhamento com o ex-governador José Eliton (PSB).

Posição

“O PT está se alinhando aos braços do José Eliton e andar com a direita não é uma opção para o PSOL.  Nosso papel é apresentar-se como um real alternativa nas eleições em Goiás e trabalharemos para construir essa grande Frente de Esquerda, coletiva, ecossocialista, popular, antirracista, antiLGBTfóbica e feminista”, escreve a presidente do Psol.

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