Em entrevista coletiva na manhã deste sábado (22), o governador Ronaldo Caiado (DEM) comemorou a votação favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) para que Goiás ingresse no Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do governo federal. O julgamento foi tema principal do podcast PodFalar #138 de hoje com Rubens Salomão e Cileide Alves.

“Dois anos e quatro meses. É um momento especial, é algo que nós lutamos muito para poder chegar a esta autorização que foi dada pelo Supremo Tribunal Federal por unanimidade, os 11 votos do Supremo todos favoráveis ao Estado de Goiás que já fez a tarefa de casa, apresentou todas as exigências e, como tal agora, está credenciado a apresentar a proposta de renegociação da dívida e tudo isso já com um prazo pré-definido”, afirma.

Segundo o governador, o programa de renegociação da dívida será apresentado no dia 12 de junho, e o STF se pronunciará novamente sobre o tema até o dia 21. Caiado destaca que a dívidas do Estado hoje giram em torno de R$ 23 bilhões, que deverão ser pagos nos próximos 360 meses.

“Todas essas dívidas foram agrupadas para que elas sejam renegociadas. Hoje nós estaríamos pagando em torno de R$ 2,5 bilhões por ano. Com a renegociação da dívida, nós vamos ter que pagar inicialmente em torno de R$ 400 milhões por ano. Depois vai sendo acrescido e vai chegar lá em 2027 em torno de R$ 1 bilhão”, calcula.

Atualmente são cerca de 78 mil servidores públicos do Estado de Goiás. Caiado afirma que reajustes salariais e promoções podem ser realizadas, desde que não ultrapasse o teto, que é determinado pela inflação.

“Não estamos engessando o teto. Estamos dizendo que não se pode furar o teto. Se furar o teto, o governo cancela a renegociação. Se o governo cancelar a renegociação, como o Estado de Goiás vai pagar R$ 23 bilhões?”, afirma.

Confira a coletiva na íntegra a seguir