O Centro de Excelência em Inteligência Artificial da Universidade Federal de Goiás (CEIA-UFG) vai receber investimento de R$ 60 milhões do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O CEIA foi escolhido para ser o Centro de Competência de Tecnologias Imersivas Aplicadas a Mundos Virtuais. No local haverá pesquisas que visam simular o mundo físico por meio da realidade virtual.

O anúncio das instituições para formação de três Centros de Competência (CCs), porém, ocorreu nesta quarta-feira (24) em Brasília. Os CCs incluem tecnologia de fronteira, como 5G e 6G, tecnologias imersivas aplicadas a mundos virtuais e Open RAN (Open Radio Access Networks)

No total, serão R$ 180 milhões em investimento nos três CCs já anunciados para realização de pesquisas em setores de tendências de inovação e formação de competências tecnológicas. Além disso, o CEIA vai receber outros R$ 20 milhões do consórcio que compreende Fapeg, Sebrae-GO e empresas privadas.

De acordo com o governo, contudo, a aplicação dos recursos ocorrerá, em um período de 42 meses. Será uma série de ações que combinam ampliação e fortalecimento de competência científica e tecnológica em PD&I. Além disso, formação e capacitação de recursos humanos nessas áreas; associação tecnológica (modelo membership) e atração e criação de startups.

Reindustrialização

Na ocasião, a ministra Luciana Santos disse que os Centros de Competência serão fundamentais na estratégia de reindustrializar o país em novas bases, bem como atrair mão de obra qualificada. “Ao criar hubs de inovação, os Centros de Competência vão atrair mão de obra qualificada, estimular atividades de pesquisa e desenvolvimento, além de formar recursos humanos e contribuir para o desenvolvimento de soluções de alta complexidade tecnológica”, disse a titular do MCTI.

A diretora executiva do CEIA, Telma Woerle de Lima Soares, agradeceu aos parceiros. Entre eles a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg). Segundo Soares, a Inteligência Artificial vai acelerar o desenvolvimento de tecnologias imersivas. “Recebemos com alegria, motivação e senso de responsabilidade para conduzir esta missão pelo país e gerar emprego e renda ao ecossistema de pesquisa e inovação”.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás, José Frederico Lyra Netto, falou sobre a importância da escolha do CEIA. Netto diz que o governo “apoia o centro de excelência; a academia, com a formação de talentos; e o mercado, uma vez que o CEIA tem parcerias com várias startups e empresas.”

Pesquisa e telecomunicações

Ademais, houve o anúncio do o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), em Campinas (SP); e o Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), em Santa Rita do Sapucaí (MG). O primeiro vai atuar na temática de Open RAN, que visa o desenvolvimento de tecnologias abertas para infraestrutura de redes de telecomunicações. Atualmente, essas redes são dependentes dos poucos fornecedores e de soluções proprietárias.

O Inatel, no entanto, foi selecionado para o Centro de Competência na área de Tecnologia e Infraestruturas de Conectividade 5G e 6G. Apesar de já estar em implantação em todo o mundo, atividades de pesquisa ainda estão em andamento para complementar as especificações atuais das redes 5G. Em paralelo, já está em curso em instituições de pesquisa e fóruns internacionais o desenvolvimento de normas e padrões para próxima geração de redes móveis – o 6G.

Leia mais

Diretora de escola municipal comenta sobre impactos de escolas em tempo integral

Goiânia sedia simpósio de enfermagem com entrada solidária para interessados

Transição energética e meio ambiente serão debatidos em Encontros no Tocantins