Na manhã desta quarta-feira (18), a Federação Goiana de Futebol se reuniu com representantes dos clubes da primeira divisão do Campeonato Goiano para explicar a paralisação da competição por tempo indeterminado e decidir outras situações sobre o torneio. O presidente do Vila Nova, Hugo Jorge Bravo, chamou atenção para a condição financeira e as dificuldades para manter o clube durante o período.

Entrevistado pelo repórter André Rodrigues, da Sagres 730, reforçou que “já tinha manifestado o meu ponto de vista, que poderíamos ter concretizado (a primeira fase do campeonato). Algumas pessoas até criticaram que estávamos pensando apenas no lado financeiro, e não, mesmo porque jogaríamos de portões fechados, estávamos sim pensando no bem do retorno desse campeonato futuramente. Não é só o atleta que está propenso a ser contaminado, somos nós dirigentes e vocês profissionais da imprensa”.

Sobre a reunião, Hugo destacou que “o que decidiu aqui era que não tinha outra alternativa senão suspender o campeonato por tempo indeterminado. Um ponto importante é que, no caso de retorno do campeonato, ter pelo menos um prazo de 15 a 20 dias para o reinício das partidas. Ficam liberadas as inscrições e um atleta que esteve por um time não pode jogar por outro. Agora é reorganizar, infelizmente está muito prematuro falar, não sabemos como será o desenrolar dessa pandemia no Brasil nos próximos 20 dias”.

Hugo Jorge Bravo – Presidente Vila Nova FC

Questionado a respeito do posicionamento de clubes que demonstraram pessimismo com a sequência do campeonato, o dirigente afirmou que “as equipes do interior ficaram bastante prejudicadas. Não falo que acabou, porque através do presidente e da sua sabedoria em conduzir esse processo ele pode pensar em alguma coisa para o transcorrer do ano e achar uma saída, quem sabe até às vezes a continuidade desse Campeonato Goiano. Não estou falando que ele falou isso, mas é uma possibilidade até no final do ano, pode ser que haja todo um reajuste do calendário do futebol brasileiro e temos que aguardar”.

A respeito do procedimento com os atletas, uma vez que não há previsão para retorno de partidas oficiais, Hugo ressaltou que “o elenco já havíamos liberados ontem até a próxima semana, mas vamos ter que realinhar. Infelizmente não era algo que gostaríamos, e nenhum clube gostaria, mas é uma situação em que já tínhamos sérios problemas financeiros e vamos ter que fazer um reajuste do clube como um todo. Ainda vamos definir com o nosso departamento jurídico, mas o que não dou conta é pagar sem jogar”. 

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