O Conexão Sagres traz um resumo das notícias que tiveram repercussão em Goiás. Confira a lista das matérias da semana entre os dias 19 e 23 de outubro.

  • Goiânia completa hoje 87 anos e vamos relembrar a história da capital com entrevistas e reportagens especiais
  • Vamos conferir o que Goiânia precisa preservar para manter um conceito sustentável de modernização
  • Você também vai conferir o que foi destaque no Tom Maior
  • “A deficiência é um diagnóstico, mas ela não define aquela pessoa”, avalia a assessora do Instituto Jô Clemente

Goiânia 87 anos

Esta semana Goiânia completa 87 anos. O aniversário é dia 24 de outubro, por isso, esta semana o Manhã Sagres está trazendo matérias e entrevistas sobre a capital. Na terça-feira (20) o entrevistado convidado foi o promotor de justiça e historiador, Jales Coelho. Ele é autor do livro “A Invenção de Goiânia – O outro lado da mudança”.

Na entrevista Jales afirmou que a história está sempre em construção e explicou que sobre os “mitos de origem”, termo que significa que todo político tenta consolidar sua versão.

“Em Goiânia aconteceu exatamente isso. Com o golpe do estado novo, em novembro de 1937, foi editado pelo gabinete militar do estado de Goiás um livro chamado Como Nasceu Goiânia, de Ofelia Socrates, que consolidou a versão ludoviquista da mudança da capital”, conta.

Iris e Goiânia

Pouca gente sabe que Iris Rezende Machado sentou-se pela primeira vez na cadeira de prefeito de Goiânia em 2 de dezembro de 1959. Ele e a capital tinham apenas 26 anos de idade neste primeiro encontro. Eram brotos, como se dizia na época.

Iris Rezende foi prefeito interino por apenas 15 dias durante a licença do titular Jaime Câmara. Iris era vereador e presidente da Câmara, e aquela interinidade fazia parte de sua estratégia de, um dia, disputar a eleição para o cargo. Sua posse foi uma manobra política para ele articular com a Câmara a aprovação de um projeto de lei de interesse da gestão de Jaime Câmara.

“Assumi a prefeitura como presidente da Câmara, na ausência do prefeito, à época Jaime Câmara, que empreendeu uma viagem. Mas desde aquela época eu sentia Goiânia como uma cidade promissora, que a cada dia recebia pessoas e mais pessoas, não apenas do interior do estado, mas de todo o Brasil, que buscavam a nova capital brasileira, e eu entendi muito cedo que a responsabilidade de quem administrava Goiânia ou visse a administrar era muito grande”, afirma Iris.

Economia

A secretária de Economia de Goiás, Cristiana Schmidt, detalhou em entrevista à Sagres 730, nesta manhã (22), qual a situação do Estado e porque é importante a suspensão do pagamento de dívidas com a União até dezembro.  Ela ressaltou que Goiás tem um problema fiscal grande, com obrigações rígidas, então precisa de tempo para organizar as ações. “Sem aderir à recuperação fiscal e tendo de pagar dívida, Estado terá problema em janeiro de 2021”.

A prorrogação da suspensão da dívida de Goiás, determinada por Gilmar Mendes, vence em 31/12 e até lá o Estado terá de conseguir aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e para isso, precisa que o deputado Mauro Benevides apresente um projeto de lei na Câmara para flexibilizar as regras do RRF. O governo tenta essa flexibilização sem sucesso desde o início de 2019.

Segundo a secretária, diminuir despesas do setor público é complicado, mas que, ainda assim, Goiás tem conseguido algumas reduções, desde 2019, para melhorar o fluxo de caixa. A questão é que as receitas para 2020, não foram como o esperado. “Esse ano era um ano que a gente estava esperando uma receita líquida mais forte para poder fazer frente a essas despesas obrigatórias que são muito rígidas. No entanto, tivemos a pandemia”.

Cristiane afirmou que o problema de Goiás é estrutural, com o Estado tendo mais despesa do que receita, que isso é resolvido em 3 ou 4 anos e não “da noite para o dia”. Para conseguir equilibrar o caixa, o Estado deve continuar com as reformas estruturais e a venda de ativos.

Eleições 2020

Na segunda-feira (19), o Manhã Sagres entrevistou o diretor da Diagnóstico Pesquisa, Tiller Belotti Júnior. Ele falou sobre a pesquisa feita pelo instituto e divulgada pela Sagres, em que Maguito e Vanderlan aparecem empatados para a prefeitura de Goiânia.

O instituto ouviu 625 eleitores da capital. Os entrevistados tinham idade igual ou superior a 16 anos. O intervalo de confiança é de 95%, com margem de erro de 3,9% pontos percentuais para mais ou para menos. As entrevistas foram realizadas entre os dias 14 e 16 de outubro de 2020. O levantamento foi registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com número de protocolo: GO-05451/2020 no dia 13 de outubro de 2020. A responsabilidade técnica é do Diagnóstico de Pesquisas de Comportamento Eireli e a contratação foi feita pela Rádio Clube de Goiânia S/A/ Rádio 730.

Tiller defendeu que essa última pesquisa foi diferente das outras porque não teve a influência de possíveis nomes que poderiam ou não sair como candidatos. Ele cita como, por exemplo, Wilder Morais. “Temos também alguns candidatos a mais que não estavam na pré-campanha, como o Gustavo Gayer, Antônio Vieira Neto e a Dra. Cristina. Ela pontuou muito na outra campanha, quase 5% na outra pesquisa”, explica.

Sagres em Tom Maior: Educação especial

As mudanças implementadas pelo governo federal na educação especial vêm sendo fruto de questionamentos por parte da comunidade educacional. A criação de salas de aula específicas para alunos com deficiência, e até mesmo escolas totalmente dedicadas a este público, estão entre os pontos mais controversos, segundo avaliação de especialistas em educação.

A assessora jurídica do Instituto Jô Clemente, Luiza Murakami, destaca que as medidas vão na contramão do que preza o instituto e, consequentemente, a educação inclusiva.

“É preciso investimento em sala de recursos nos Estados, investimento em educação especializada nos municípios, a conscientização das pessoas sobre a educação inclusiva, trabalhar isso com as famílias e a capacitação de professores e profissionais de educação que lidam com as crianças no dia a dia”, afirma.

Sagres em Tom Maior: Saúde e bem estar

O pensamento positivo faz bem ao coração. Comprovadamente, o estado emocional pode influenciar e afetar a nossa alimentação, a disposição e o bom funcionamento do corpo. Cada um é reflexo daquilo que sente.

Em entrevista ao Sagres em Tom Maior #124, o psicólogo Flávio Clímaco esclarece que para uma mente e corpo sãos, ambos não podem ser tratados de forma separada. “O que você sente e pensa interfere no que você faz e não tem como separar.

A nossa cultura valoriza muito a mente, o pensamento. Quem é mais inteligente, quem tira notas boas na escola, quem tem bons projetos, ideia, é bem valorizado, e até mais bem remunerado. Só que a gente vai esquecendo do nosso corpo nesse processo, muitas vezes esquecendo também os nossos sentimentos”, afirma.

Segundo Flávio Clímaco, uma sobrecarga de pensamentos e atividade mental em excesso, sem pausas ou momentos para relaxar e tranquilidade, podem trazer consequências ao organismo.