O Conexão Sagres traz um resumo das notícias que tiveram repercussão em Goiás. Confira a lista das matérias da semana entre os dias 21 e 25 de setembro.

  • Goiânia apresenta queda no número de mortes por Covid-19
  • Comitê de Prevenção e Enfrentamento a Covid-19 de Aparecida de Goiânia decide permitir a retomada das atividades de espaços de festas e eventos
  • Goiânia apresenta estabilidade na arrecadação se comparado à 2019
  • No cenário político: Saiba o que é deepfake e quais consequências ela pode trazer para as eleições de 2020
  • Você também vai conferir o que foi destaque no Sagres em Tom Maior desta semana
  • Psicólogo enumera estratégias para combater o estresse em tempos de pandemia
  • Entenda o Projeto Pasto Vivo: um novo modelo que relaciona agropecuária e sustentabilidade

Pandemia

Flexibilização em Aparecida de Goiânia

A prefeitura de Aparecida de Goiânia publicou na última quinta-feira (24), no suplemento do Diário Oficial Eletrônico de Aparecida, a portaria 069/2020, que autoriza a retomada da realização de eventos e festas, com regras, no município.

O documento traz todas as regras e normas pré-estabelecidas na última reunião do Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao novo Coronavírus do município. Pela portaria, estão liberados os eventos sociais para convidados restritos, sem cobrança de ingresso, como casamentos, aniversários, jantares, confraternizações, bodas e formaturas.

Covid-19 em Goiânia

Em Goiânia, desde o início da testagem ampliada da população já foram realizados 80.271 testes de antígeno, sendo que 10.221 tiveram resultado positivo para a Covid-19, o que representa 12,7%. A diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde da capital, Grécia Carolina Pessoni, detalhou à Sagres 730 na última quarta-feira (23), que cada bairro teve uma situação diferente.

“O primeiro bairro que testamos, no Guanabara na região norte, tivemos uma prevalência de 14%. Na verdade, lá foi um dos primeiros locais que testamos, porque o inquérito populacional mostrou que lá foi uma das regiões que teve maior crescimento. Então foi uma testagem direcionada para uma área de maior risco”, explicou. “Hoje essa prevalência de 12% representa uma média global, considerando todas as outras testagens. Tivemos na última testagem uma prevalência de 10%, entretanto na testagem anterior, tivemos prevalência de 14%”, completou.

Segundo Pessoni, a imunização coletiva está muito distante. “Estudos tem mostrado que algumas pessoas, mesmo já tendo covid, não manifesta anticorpos. Então a imunidade de rebanho, significaria que pelo menos 50% da população já tivesse sido exposta ao vírus, nós estamos aguardando o resultado do último inquérito, para ver de fato quantos por cento da população já foi exposta”, disse. “Pensar na imunidade de rebanho como uma salvação, não é o caminho ideal, porque para chegar a 50% de pessoas contaminadas, a gente teria muitas mortes. Então o ideal é que as pessoas se protejam e se cuidem até que chegue para nós uma vacina que seja eficaz”.

Política

Deepfake

Nos últimos anos as “fake news” ganharam força com o desenvolvimento de uma tecnologia que, a partir da inteligência artificial, manipula vídeos que reproduzem a aparência, as expressões e até a voz de alguém. Em ano de eleições no Brasil, as “deepfakes” ampliaram os desafios do combate à disseminação das notícias falsas.

A criação de vídeos com o rosto de um candidato falando algo que não disse é o novo alvo de preocupação. Sobre o assunto o Manhã Sagres entrevistou o especialista em Tecnologia, Inovação e Segurança Digital, Arthur Igreja, que destacou que essa técnica de manipulação é razoavelmente nova.

“As primeiras ocorrências foram vistas por volta de três anos atrás nos Estados Unidos. Foram algumas demonstrações do quanto os vídeos poderiam ser manipulados. Um caso mais próximo de nós foi o vídeo do governador de São Paulo, o Dória, naquele suposto vídeo íntimo, que no final sabia-se que era um vídeo manipulado”, relembra.

Substituição do Bolsa Família

O governo federal pretende implantar um novo programa de transferência de renda em 2021 em substituição ao Bolsa Família. O ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, esteve em Goiânia na última quarta-feira (23), e participou de solenidade em que foi anunciado repasse para programas de aquisição de alimentos oriundos da agricultura familiar. Lorenzoni criticou a modelagem do atual programa de transferência de renda. Para ele, há fins eleitoreiros na ação. O ministro avaliou que primeiro o governo pretende concluir o pagamento das parcelas adicionais do Auxílio Emergencial para iniciar um novo programa.

“Com base nisso o presidente tomou a decisão de que a gente trabalhe para o próximo ano, e como houve a prorrogação poderia haver uma confusão entre uma coisa e outra e após o auxílio emergencial e vamos entrar com um programa que vai trabalhar pela emancipação das famílias”, relatou. Para o ministro, o Bolsa Família se perdeu ao longo dos anos e estabeleceu dependência financeira, e não promove emancipação.

“O Bolsa Família se perdeu ao longo do tempo, ele estabeleceu dependência e desestimula que a pessoa procure independência pelo emprego, ela se adapta para receber o ticket médio de R$ 190,00, depois vive de bico para melhorar, mas não sai para o emprego, pois se for perder o emprego, ela não volta para o programa. É melhor ficar com o “passarinho que está na mão” e não melhor a condição de vida”, afirmou o ministro da Cidadania.

Economia

Foram apresentados na última terça-feira (22), dados das contas da Prefeitura de Goiânia referentes ao período entre janeiro e agosto deste ano. De acordo com os números, mesmo com a crise provocada pela pandemia da Covid-19, o Município conseguiu manter equilíbrio, em comparação com igual período do ano passado.

Segundo a secretária municipal de Finanças, Zilma Campos Peixoto, quando é levado em consideração todos os impostos, taxas e contribuições de melhorias do Município, houve um crescimento nominal na ordem de 2,43% e real, quando descontada a inflação na ordem de 0,01 negativo.

Na prática, basicamente é a mesma arrecadação, sendo R$ 1 bilhão 260 milhões 139 mil de janeiro a agosto de 2019 para R$ 1 bilhão 291 milhões 760 mil, em igual período deste ano.

Sagres em Tom Maior

Projeto Pasto Vivo

“A pecuária, hoje em dia, é vista como o grande vilão ambiental. Mas se feita corretamente, de maneira tecnicamente planejada, ela pode ser na verdade uma aliada da sustentabilidade”, foi o que disse Paula Costa, uma das idealizadoras do projeto PRETA TERRA em entrevista ao Tom Maior.

A saber, a empresa juntamente com Savory Institute, Climate Smart Group e reNature, tem como objetivo mostrar que existe uma maneira de relacionar pecuária e sustentabilidade.

Dessa forma, surgiu o Projeto Pasto Vivo, que veio para demonstrar como uma criação diferente do gado pode se tornar benéfica aos trabalhadores do meio e, sobretudo, ao planeta. Nascia ali uma estratégia de modelo pecuário agroflorestal com práticas regenerativas.

Dia Mundial do Combate ao Estresse

Em tempos de pandemia, a população mundial foi submetida ao isolamento, para evitar assim, a propagação do novo coronavírus. Dessa forma, com meses de reclusão e sem poder realizar a maioria das atividades do dia-a-dia, os níveis de estresse, ansiedade e nervosismo aumentaram. Para falar sobre isso, o psicólogo Flávio Clímaco foi o convidado do Sagres em Tom Maior, na última quarta-feira (23), conhecido também como Dia Mundial do Combate ao Estresse.

“O estresse não é de todo ruim, às vezes nos deixa em alerta quando nos sentimos ameaçados. Quando situações surpreendentes acontecem, estando em nível de estresse você tira força, tira algo que normalmente não tem”, salientou.

Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostrou que 51% dos brasileiros responderam ter  alterações no controle de estresse neste momento de pandemia. Por outro lado, pelos espanhóis, a taxa foi de 34%. A Universidade de Valencia também foi parceira na pesquisa, que juntou 22 mil respostas.