O Conexão Sagres desta semana faz um resumo das principais notícias de Goiás. Confira a lista das matérias com maior repercussão entre os dias 8 e 12 de agosto.
- “Apenas 50% da vegetação do Cerrado ainda é natural”, afirma especialista
- “90% dos incêndios são causados pelo ser humano”, afirma secretária de Meio Ambiente
- “Apenas incluir tecnologias não resolve os problemas da educação”, afirma professora
- “Brasil não vai atingir meta de inflação para 2022”, afirma economista
Cerrado
Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (INPE) mostram que o Cerrado teve mais de 4.000 km² devastados entre o início de janeiro e o fim de julho deste ano. Em entrevista à Sagres, Elaine Barbosa, que é coordenadora do Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás(Lapig/UFG), revelou que apenas aproximadamente 50% do bioma ainda é de vegetação natural alertando, portanto, que a situação é preocupante.
A coordenadora afirmou que “Os dados de satélite e as metodologias de monitoramento remoto e geoprocessamento, que são utilizadas no mapeamento e monitoramento da vegetação, nos mostram que a gente tem cerca de 50% de Cerrado ainda existente”.
Incêndios
As condições críticas do tempo seco, o aumento do uso do fogo e possível ocorrência de incêndios florestais, fez com que o governo de Goiás decretasse estado de emergência ambiental.
Em entrevista à Sagres, a secretária de Meio Ambiente de Goiás, Andréa Vulcanis, disse que este é o segundo ano consecutivo em que há a edição do decreto. Ademais, afirmou que a intenção é resguardar os goianos e os biomas dos riscos do fogo.
“Este é o segundo ano que temos a edição deste decreto, que é motivado pelo processo climático da época em nossa região, que costuma apresentar vários focos de incêndio. A situação do clima e do tempo seco de agosto até outubro, quando começam as chuvas, é crítica. O decreto visa criar um alerta na população para o não uso de fogo neste período e facilitar às ações de prevenção e combate,” explica a secretária.
Educação
A Câmara dos Deputados aprovou, na última semana, a criação da Política Nacional de Educação Digital. A proposta busca promover o uso de tecnologias, competências digitais, ferramentas online, capacitação e pesquisa para estimular a inclusão digital.
Sobre o assunto, em entrevista à Sagres, a professora do Centro de Ensino e Pesquisa Aplicada à Educação da Universidade Federal de Goiás (Cepae- UFG), Moema Gomes Morais, disse que às questões levantadas pela proposta não são novas e que, com isso, a simples inserção de tecnologias não resolverá os problemas da educação.
“Essa temática foi evidenciada nos últimos anos, não é um problema novo. São questões derivadas das desigualdades provocadas pelo desnível econômico, as desigualdades da nossa sociedade. Com pandemia ficou evidente que muitos estudantes acabam não tendo às mesmas condições de participar de atividades utilizando tecnologias”, revela Moema.
Economia
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Goiânia em julho apresentou queda de 2,12%. Na prática, o índice calcula a inflação dos produtos e serviços comercializados no varejo. Além disso, em junho, a capital havia registrado aumento de 0,51% em junho.
Em entrevista à Sagres, o economista Bruno Fleury disse que essa quede se deve a redução nos preços dos combustíveis. Entretanto, o especialista afirmou que outros setores da economia registraram alta e que a previsão é de não cumprimento da meta ao final de 2022.
“Hoje, no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação no Brasil está em 10%, segundo o IBGE. A perspectiva é de ocorrer nova deflação no mês de agosto, e com isso a inflação vai se aproximando da casa de um dígito, por volta de 9,5%. Importante ressaltar que a meta da inflação no Brasil é de 3,5% até ao final do ano, com limite de até 5,5%,” afirma o economista.
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