O fim de ano está chegando e, com ele, as oportunidades de trabalho e a expectativa por aquecimento da economia com décimo terceiro salário e promoções consideradas imperdíveis como Black Friday. No entanto, empresas têm enfrentando um problema recorrente: a falta de qualificação para ocupar vagas de trabalho que surgem aos montes neste período.

A consultora em negócios e sócia da Ática Gestão, Lídia Guimarães Morais, afirma que a dificuldade nas contratações se deve, entre outros pontos, a uma diferença na forma de pensar o mercado de trabalho por parte dos próprios candidatos. Assista a seguir

”De um lado, gerações que são mais comprometidas, mais envolvidas em desafios e com movimentações programadas, entendendo que para cada movimento que se faz se alcança um objetivo, e dentro disso o negócio caminha dentro do que está proposto estrategicamente”, aponta.

Segundo a consultora, do lado oposto estão os candidatos mais jovens, com pouca experiência. ”São aquelas que necessitam de desafio praticamente diário, e que têm uma tendência de se cansar bastante daquilo que se faz”, argumenta.

Segundo Lídia Guimarães, o maior desafio neste cenário de dificuldade de contratações e adaptação a novas funções é exatamente encontrar um ponto de equilíbrio.

”Tentar trazer as habilidades do comportamento como algo que faça com a gente consiga extrair das pessoas os potenciais que elas têm, de fato, para poder entregar”, afirma.

Desemprego

Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada pelo IBGE, a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2022 ficou em 9,1% da população economicamente ativa do Brasil, o que representa 9,9 milhões de pessoas.

Só no Estado de Goiás, o número de desempregados é um pouco abaixo da média nacional, chegando a 6,8%, mas bem acima de estados como Santa Catarina (3,9%), Mato Grosso (4,4%).

Lídia Guimarães (Foto: Sagres TV)

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