A The Nature Conservancy Brasil apresentou um vídeo de realidade virtual que mostra a importância das agroflorestas para o processo de restauração da Amazônia. O vídeo produzido para ser uma experiência imersiva chama-se “Plantando o futuro na Amazônia” e a TNC o apresentou pela primeira vez na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 (COP 28), em Dubai.

Os sistemas agroflorestais são adotados por mais de 600 famílias na região amazônica. Portanto, essa produção sustentável está sendo muito importante no combate às mudanças climáticas e na melhora da renda das comunidades locais. Por meio das agroflorestas, os pequenos produtores estão conseguindo restaurar terras com a plantação de cacau.  

Solução climática

As agroflorestas são soluções climáticas para o sequestro de carbono, mas também geram segurança alimentar e impactam a economia dos pequenos produtores rurais. O sistema é o mais adequado para a utilização do solo e sua proteção simultânea: a cada dez hectares de florestas desmatados na Amazônia, seis são transformados em pastagens, três são completamente abandonados e um é convertido para agricultura.

A grande área de florestas derrubadas e a má utilização do solo comprometem a renda dos agricultores. Assim, as agroflorestas surgiram como soluções climáticas naturais para proteger a natureza e diminuir a emissão dos gases do efeito estufa.

Pequenas propriedades

José Otávio Passos  é o diretor da The Nature Conservancy Brasil e explicou que o vídeo é para mostrar o impacto das agroflorestas na renda das famílias e do controle das mudanças climáticas. Segundo Passos, a Amazônia brasileira tem mais de 1,4 milhão de pequenas propriedades rurais. Nesse cenário, então, as agroflorestas beneficiam a todos sem o impacto negativo sobre o meio ambiente e que afeta o clima no mundo todo.

“A renda associada ao cultivo de cacau tem se mostrado superior à da pecuária. Além disso, outros cultivos da agrofloresta, como milho, mandioca, açaí e andiroba contribuem não apenas para aumentar e diversificar a renda, mas também para melhorar a segurança alimentar das famílias”, disse.

*Este conteúdo está alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 02 – Fome zero e agricultura sustentável, o ODS 12 – Consumo e produção responsáveis e o ODS 13 – Ação Global Contra as Mudanças Climáticas.

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