O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), detalhou em entrevista exclusiva à Sagres, quais as principais ações previstas para os próximos anos na capital. Para priorizar a qualidade de vida, Rogério afirmou que pretende oferecer aos moradores, o live-work-play, conceito de adequação quando a pessoa mora, vive e trabalha na mesma região.

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“Por exemplo, o pessoal da região Noroeste, a maioria deles depende de um transporte público para poder chegar ao Centro ou ao outro lado da cidade. Isso depende de sair de casa cedo, acordar cedo e quando sair do trabalho para voltar para casa, chegar tarde. A pessoa perde completamente a qualidade de vida”, declarou o prefeito.

Assista a entrevista a partir dos 32 minutos:

Conforme o prefeito, o objetivo é criar polos industriais espalhados por Goiânia para que os habitantes da cidade possam morar mais próximos do trabalho. Desta forma, as pessoas terão mais tempo para lazer e descanso, além de encontros com familiares, uma vez que passarão menos tempo no trajeto de ida e volta para os seus trabalhos. “E terão vários outros lugares para desfrutar com qualidade de vida como esses espaços que iremos inaugurar“, projetou Rogério Cruz.

Cidade inteligente

No sentido de “fazer esse movimento”, Rogério prevê que será importante uma integração do Plano Diretor e o Código Tributário. Segundo o chefe do Executivo municipal, a proposta para o Plano Diretor deve ser enviada à Câmara Municipal de Goiânia ainda neste mês de outubro.

Dentro do Plano Diretor, o prefeito pretender colocar a proposta de Cidade Inteligente, que já possui vários projetos em andamento, a um custo de aproximadamente R$ 2 bilhões. “Cidade Inteligente é uma oportunidade que você dá a todo cidadão que reside no município de ter condições de trabalho através da tecnologia avançada, educação por tecnologia avançada, saúde com tecnologia avançada, poder público com tecnologia avançada. Tudo isso são maneiras de você criar a Cidade Inteligente”, explicou.

Rogério ressaltou ainda que  é um “projeto audacioso, mas com resultados positivos”. A implantação, segundo o prefeito, já está em progresso, começando pelo Paço Municipal. “Iniciamos pela própria Prefeitura, querendo torná-la tecnológica, fazendo com que a tecnologia seja uma parte entre o poder público, o setor privado e o cidadão mais comum, ao ponto que o cidadão que tem um problema para resolver com a Prefeitura, que ele resolva pelo celular, sem precisar sair de casa ou pegar um telefone para ligar. Ele resolve com um aplicativo”, argumentou.

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Uma das preocupações com a implantação é a questão da segurança. Rogério detalhou que é preciso atenção quando as digitalizações forem feitas. “Qualquer documento que seja tem que ter muita atenção, que é a transparência e a segurança, ao mesmo tempo. Então, temos que trabalhar com transparência e responsabilidade, mas antes disso tudo temos que ter a segurança”, ressaltou Rogério, que disse conversar com empresas para armazenamento na nuvem desses documentos.

A diminuição no tempo dos processos, além da burocracia, está entre as metas previstas para a implantação da Cidade Inteligente. “O meu desejo é ver o empreendedor que vai construir, investir e gerar emprego em Goiânia. Ele pega o projeto, escaneia, dá entrada nesse projeto pelo smartphone”, explicou Rogério. “É isso que queremos, é o avanço, é correr contra o tempo para que Goiânia ganhe mais força, mais peso e seja sustentável em todos os seus trabalhos, seja digital ou não”, completou.