Rumores em Brasília colocam o senador Vanderlan Cardoso (PSD) como possível representante do bolsonarismo em Goiás e candidato a governador do Estado nas eleições de 2022. Porém, em entrevista à Sagres, o presidente do PSD em Goiás, Vilmar Rocha, afirmou que o partido não terá candidato a governador e vice nas eleições do ano que vem.

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“Isso é só Especulação. Nas conversas que nós tivemos com Vanderlan, fica claro que ele não pretende ser candidato a governador ano que vem e fica claro também o apoio dele à unidade do partido em torno do projeto da candidatura majoritária para o senado”, declarou Vilmar.

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Na chapa majoritária, o partido prevê apenas a disputa no senado, com a indicação do ex-ministro da economia Henrique Mereilles. “Nós acreditamos que a partir de 2023, com a eleição do novo congresso, será a oportunidade de fazer importantes reformas para o país. A economia vai estar no centro dessas reformas e o Henrique Meirelles preenche esse perfil, porque pode ser muito importante nos debates dos ajustes da economia que precisaremos fazer”, destacou o presidente do PSD.

Para Vilmar, o posicionamento do partido, focado em fortalecer as chapas para deputados estaduais e federais, além da candidatura majoritária no senado, mostra o pragmatismo da sigla. “O papel pragmático é, justamente, ter influência nacional e influência em Goiás”.

Espaço para o bolsonarismo em Goiás

Vilmar explicou que acredita que o bolsonarismo em Goiás deve ter um espaço pequeno, com capacidade de conseguir cerca de 10% dos votos dos goianos. “O agronegócio, por exemplo, tem mais influência política e econômica do que eleitoral. Os servidores públicos se dividem. Não acho que a base bolsonarista seja sólida e ampla”, detalhou o presidente do PSD, que ainda complementou: “O bolsonarismo tem uma certa representatividade, mas é minoritária, igual o PT. Mesmo nos anos de glória do Lula, o PT nunca passou perto de fazer um governador em Goiás. Então, o que precisa se definir é quais serão as duas candidaturas de centro de Goiás”.

Ao declarar que Goiás é um estado “claramente conservador”, Vilmar continuou sobre o tema e declarou que essa base deve ser dividida. “É bom que essa direita populista de viés autoritário se assuma. É bom que todas essas correntes políticas se assumam. Do ponto de vista geral da representatividade, seria bom para que aqueles que se identificam tenham a sua posição”, frisou o político.

Segundo o político, o “centro democrático, às vezes de esquerda, às vezes de direita”, terá os outros 80% dos votos numa disputa concentrada em dois candidatos. “E eu acredito que tanto aqui no estado, quanto nacionalmente, vai haver segundo turno. Em Goiás, a tradição é ter segundo turno”.

Assista a entrevista no Sagres Sinal Aberto: