Enquanto Daniel Vilela opta por manter silêncio, emedebistas reagiram fortemente nos bastidores contra questionamentos à presença do presidente regional do MDB na pré-candidatura a vice-governador, ao lado do governador Ronaldo Caiado (DEM). Principalmente diante das declarações de Vanderlan Cardoso (PSD), nesta segunda-feira (6), em entrevista à Sagres. Para pessoas próximas a Daniel, o senador confirma falta de palavra, depois da promessa de “apoio incondicional” a Caiado no momento da retomada da aliança entre os dois na campanha municipal de 2020.
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Na entrevista, Vanderlan fez coro às críticas e sugestão de troca de Daniel pela filha de Iris Rezende, Ana Paula Rezende, mas foi além. Disse com todas as letras que “o óleo já está bem quente, só falta fritar” e que “Daniel não vai se firmar como pré-candidato a vice”. Mais do que sua posição pessoal, Vanderlan aponta que as reações contra Daniel não são restritas e que passarão a ser ainda mais comuns entre caiadistas nos próximos meses, depois das falas do ex-prefeito de Goianésia, Renato de Castro (DEM), à Rádio Alvorada, na última semana.
Diante disso, liderança emedebista ouvida pela Coluna questiona: “Vanderlan não prometeu e repetiu que iria apoiar o Caiado em qualquer cenário na reeleição em 2022? Tudo depois de gratidão por conta do apoio recebido pelo governador na eleição em 2020. Agora parece que coloca condições para continuar na base. Isso só mostra o que já se sabe: Vanderlan não tem palavra”, aponta. Aliados de Daniel Vilela retomam, inclusive, as divergências com o senador durante a campanha municipal no ano passado, em Goiânia, quando disputou contra Maguito Vilela.
Concorrência
O veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao nome de Alexandre Baldy para a articulação política no Ministério da Economia não passou apenas pela presença do ex-ministro da equipe de João Doria, em São Paulo, mas também pelo cenário eleitoral em Goiás. É que o presidente mantém apoio ao deputado federal Vitor Hugo, que é o nome bolsonarista para disputar o governo ou o senado.
Agenda local
O deputado Vitor Hugo realiza, nesta sexta-feira (10), uma “prestação de contas”, na sede da OAB-GO, às 19h, em Goiânia. Em postagem nas redes sociais, o parlamentar, que é nascido na Bahia, criado no Rio de Janeiro e morador de Brasília, escreveu a hashtag “#GoiásnoCoração”.
Processo
O ministro do STF Gilmar Mendes determinou o desbloqueio de bens de Alexandre Baldy. A medida cautelar havia sido decretada pela 7ª Vara Criminal do Rio, comandada por Marcelo Bretas. O ex-ministro responde a uma denúncia feita pela Operação Lava Jato, no Rio, devido ao suposto recebimento de R$ 2,6 milhões em propinas.
Memória
Os supostos recebimentos seriam relacionadas a contratos do Governo de Goiás e da Fiocruz, entre 2014 e 2018. Neste período ele foi deputado federal pelo Progressistas e ministro das Cidades do governo de Michel Temer. A decisão do STF atende a um pedido da defesa, que apontou omissão sobre a restrição do patrimônio no acórdão em que a Segunda Turma referendou uma liminar de Gilmar Mendes.
Improcedente
Ações movidas pelo PSOL e pelo PT contra o PTC, por descumprimento da cota feminina durante o pleito de 2020, foram consideradas improcedentes. O processo acusa a sigla de preencher artificialmente as candidaturas mínimas de gênero com os nomes de Carolina de Oliveira Cruvinel e Maria Félix Guimarães Brito.
Mandato mantido
Caso a fraude fosse confirmada, a chapa proporcional eleita seria invalidada. Com a improcedência, a chapa continua válida e o vereador eleito pelo partido, Paulo Henrique da Farmácia (PTC), mantém mandato de vereador.
Segurança
O governador Ronaldo Caiado assinou, nesta segunda-feira (6), na Escola Superior da Polícia Civil, em Goiânia, a Lei de Integralidade e Paridade da Polícia Civil do Estado de Goiás. A matéria garante aposentadoria especial a policiais civis.
Mudança
A matéria traz um novo texto na Lei Complementar nº 161 de 2020, que trata o Regime Próprio de Previdência Social do Estado de Goiás (RPPs/GO). O novo parágrafo define que a carreira da Polícia Civil passa a ter as mesmas condições das outras forças de segurança pública.
Como fica
Com a assinatura, ficam garantidos os proventos correspondentes à remuneração do cargo efetivo ocupado antes de entrar em inatividade, mais revisão desses na mesma data e proporção dos servidores que se encontram na ativa – antes, segundo o governador, eles tinham um desconto de mais de 40% dos seus vencimentos.
