A diretora de Assuntos Internacionais do Banco Central (BC), Fernanda Guardado, disse nesta semana que o tema sustentabilidade será um dos principais pontos da presidência do Brasil na próxima reunião do G20, que começa no dia 31 de dezembro.

“Banco Central e Ministério da Fazenda são organizadores da trilha das finanças. Tem esse olhar de trazer os temas para a seara financeira”, afirmou na transmissão semanal da autoridade monetária no Youtube, a Live BC.

Ela ainda considerou que a pandemia de covid-19 “relembrou que acidentes acontecem”. “Eventos climáticos extremos têm aumentado. A gente está observando o aquecimento global e mudanças acontecendo agora, então talvez a urgência tenha aumentado.”

“O foco aumentou porque estão ficando mais claros os custos e os riscos, aumenta a preocupação inclusive em fóruns como o G20”, completou. A moeda digital que o BC está desenvolvendo, a Drex, pode ser sua aliada no aumento de eficiência, segundo ela.

“Trazer eficiência é uma maneira de gastar menos energia e poluir menos o planeta, vai ser um grande aliado, não só na sustentabilidade”, destacou. Em relação às reservas internacionais, a diretora enfatizou que não existe uma métrica padronizada para acompanhar ou comparar com outros países, mas que o Brasil mantém um perfil conservador com ativos de baixo risco.

“Os investimentos de reservas internacionais têm um perfil bem conservador e buscam fazer a cobertura cambial da dívida externa bruta do país com o objetivo de reduzir a exposição do país a oscilações cambiais e ter alocação com perfil anticíclico. Usamos métricas como unidade de carbono por PIB, ainda tem espaço para melhorar a nossa pegada de carbono das reservas”, finalizou.

Guardado lembrou que o BC aumentou o volume de títulos verdes nas reservas internacionais.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática

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