Você provavelmente não conhece e talvez nunca tenha ouvido falar da árvore azevinho pernambucano. Um grupo de pesquisadores, pertencentes da organização Re:Wild, da Universidade de São Paulo encontraram a espécie. Eles acharam quatro exemplares da espécie em uma plantação de cana-de-açúcar em Pernambuco, na cidade de Igarassu, próximo a Recife.

Ela foi documentada pela primeira vez em 1838 pelo botânico escocês George Gardner, e era uma das espécies mais procuradas pelo grupo em questão. Isso, pois não existiam relatos da espécie há 185 anos. O professor Milton Groppo Júnior, botânico da USP, achou a missão muito complicada. O motivo era pelo fato da planta ser tão pouco conhecida que não existe nem nome popular registrado nas literaturas. Dessa forma, dificultando muito a localização.

Por isso, a busca foi feita com o auxílio do diário de Gardner, utilizando as informações deixadas pelo botânico, seguindo uma espécie de mapa para encontrar a árvore. Porém, foi muito complicado. Os pesquisadores relatam que a falta de imagens e a ausência de registros de localização dificultaram o processo.

Importância do projeto

O fato de encontrar a espécie na Mata Atlântica apresenta uma grande importância quando pensamos em biodiversidade. Visto que esse bioma foi devastado ao longo do tempo, tendo hoje somente 24% da sua área original. 

Portanto, para Groppo, foi de fundamental importância a redescoberta da angiosperma:  “A paisagem da região conta com poucos fragmentos de mata, muitos já degradados, em uma região cuja ocupação remonta ao século 16, no começo da colonização do Brasil pelos europeus na Região Nordeste”

O grupo tem o objetivo de mostrar a importância de preservar essa região que foi muito castigada. Portanto, ele ressalta a necessidade de preservar as regiões ainda vivas da Mata Atlântica, mesmo nas áreas já urbanizadas.

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