Dizem por aí que dinheiro não traz felicidade. Você acha que isso é verdade? Ou então, se você pensa diferente, até que ponto o dinheiro pode ser convertido em felicidade? A felicidade associada ao dinheiro, está ligada a um trabalho de planejamento financeiro. O tema foi o destaque da última edição da Arena Repense.

O escritor Millôr Fernandes já diz que “dinheiro não traz felicidade, ele manda buscar”; Mas, o que isso quer dizer? O planejador financeiro, João Gondim avalia que há uma questão cultural em que você precisa abrir mão de muitas coisas para ter uma vida mais próspera e confortável.

A realidade não é bem assim. O planejador avalia que a organização financeira com uma vida mais próspera, uma pessoa consegue ter condições mais adequadas para não beneficiar apenas a si mesmo, mas também as pessoas que você ama.

“Claro que o dinheiro traz felicidade, isso aí é um pensamento que a gente vem colhendo das nossas heranças culturais brasileiras, em que há um culto ao simplório, é bonito abdicar de tudo, se você quer ter uma vida próspera, se você preocupa com o outro, a principal coisa que você tem que fazer é ser próspero. Porque se você não é próspero, você não consegue ajudar o outro. Você não consegue doar parte do que você tem, porque você não tem nada”, analisou Gondim.

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Propósitos

Para que o dinheiro seja uma ferramenta visando a construção de seus sonhos, João Gondim entende que é preciso que as pessoas tenham um propósito definido. É importante que cada um saiba o que move e o que pode te fazer feliz.

Há muitos casos, em que pessoas procuram depositar suas esperanças e frustrações no consumo. No entanto, isso pode resultar em um grande problema.

“O dinheiro traz felicidade, agora quando você não sabe o que te faz feliz, o dinheiro não te trará coisa alguma. Você tem um vazio sobre o seu propósito e o que te motiva e aí você começa numa ânsia consumista tentando preencher esse vazio com algo e vai gastando dinheiro com aquilo pode trazer”, destaca Gondim.

Supérfluo

Para diversas pessoas aquilo que é supérfluo, é geralmente aquilo que se pode cortar, ou seja, algo desnecessário. Mas, será que é isso mesmo?

O planejador João Gondim relata que as obrigações são importantes, não podem ser desconsideradas, mas não podem ser o norteador na vida das pessoas. Ele conta que ninguém sente prazer ao ir até uma lotérica e pagar uma conta de água, mas se não paga e corta, há reflexos.

“Mas o supérfluo é o que dá graça a vida, se você perguntar para 10 pessoas elas vão dizer que é o restaurante no final de semana, é a blusinha, é o Ifood e o que é necessário, água, luz, telefone. Alguém sente prazer indo a uma lotérica: “Ah que maravilha, vou pagar a minha conta de água”, é uma grande idiotice que a sua vida é feita de necessidades, isso é fruto de um pensamento escasso, onde você tão pouco que você só pode gastar para sua sobrevivência”, disse.

Por outro lado, o que deve ser observado, não é se algo é ou não supérfluo, mas sim os excessos, o que pode prejudicar as finanças.

“Se você busca a sua qualidade de vida você tem que entender o equilíbrio entre o desejo e é legítimo de gastar com o que você gosta, e obviamente arcar com as obrigações, não fica feliz quando precisa pagar a água, mas entende a importância quando está em falta. Posso dizer que o vilão do orçamento não é o desejo, mas o excesso”, completou o planejador.

Tempo e dinheiro

O jovem aprendiz da Renapsi, Arthur Anthony Leão, fez uma reflexão importante quanto ao tempo. Ele avaliou que o dinheiro está associado ao tempo de vida, e a qualidade desse tempo.

Em tom bem-humorado, o jovem se sente um “pão-duro”. Ele destacou que sentia que desperdiçava bastante o dinheiro conquistado e passou a dar mais valor, entendendo melhor os seus gastos e se planejando.

“Demorei muito para ter um controle maior dos meus gastos. Percebi que o pouco dinheiro que eu tinha se reduzia mais, quando gastava com besteiras e nem lembrava com o que gastei e em vez de ficar passando buscando no passado o que tinha feito, passei a estabelecer metas de como gastar o meu dinheiro, porque o dinheiro nada mais do que o meu tempo trabalhado, não posso desperdiçar o meu tempo com algo banal”, destacou.

ODS

Os temas tratados na Arena Repense são baseados nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Jovens e Educadores da Renapsi participam da Arena Repense ajudando na construção de um debate visando a promoção de um mundo mais saudável e com menos desigualdades.

O tema integra Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), ODS 4—Educação de Qualidade.

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