Um treinador mais calmo do que aquele visto ao lado do campo durante os 90 minutos da vitória do Goiás sobre o Fluminense por 2 a 0, no Serra Dourada. Enderson, com a tranquilidade característica, fez questão de dar méritos ao conjunto esmeraldino, mas destacou alguns nomes, como o lateral esquerdo William Matheus, que marcou gol e tem dado a volta por cima, e até o meia Hugo, vaiado em alguns momentos.

“Eu acho que o Hugo fez um grande jogo hoje, o jogador cabeceia uma bola na trave e eles vaiam, não entendo, tem gente que quer vaiar mesmo. É um grupo muito pequeno de torcedores que fazem isso, até eu já fui vaiado também, mas isso acontece. A gente não pode ficar comparando com quem era no ano passado, eu vivo o presente e tenho que montar a equipe dentro das caracteristicas do time, e isso estamos fazendo”

Ainda sobre o elenco, Enderson sabe que não tem apenas um time, mas grande parte do elenco “na ponta dos cascos”, e por isso, terá uma boa dor de cabeça a partir desse final de semana. Amaral e Thiago Mendes devem ficar a disposição do treinador, mas como abrir mão de David e Dudu Cearense, que encaixaram no time? Enderson fica satisfeito com isso e também elogia o novo David, volante.

“É a força do grupo, eu sempre falei com todos os atletas, é por isso a atenção especial com os não relacionados, porque uma hora a chance vai vir para eles. Eles tão sempre muito bem preparados, o David vinha assim, competitivo e eu não gosto de comentar atuações individuais, mas ele tem feito jogos fantásticos. Sao dois grandes jogadores (Dudu e David), assim como Amaral, Thiago, Juliano, todos os jogadores ali da posição”

Mas, qual o segredo dessa evolução esmeraldina, que é visível nos últimos jogos? Enderson tem a resposta e explicou, pela primeira vez: o Goiás conseguiu se adaptar ao estilo de jogo da Série A, algo que estava desacostumado há dois anos. O treinador acredita que a tendência é que o time siga evoluindo a partir do momento que a personalidade de cada um vai aflorando.

“A gente foi encaixando melhor a equipe, os atleas vão se conhecendo com os jogos. Por mais que a base do ano passado foi mantida, a gente teve modificações e tivemos que encaixar um pouco no estilo de jogo. Nós vinhamos de dois anos sem jogar a Série A, e isso é diferente para jogador, comissão técnica, para todo mundo no clube. Nosso time teve um crescimento em função disso, de estar ambientado à Serie A, e algo que eu acho importante é ter personalidade, e isso eles também estão tendo”