(Foto: Divulgação / Assessoria)

Após as críticas do governador eleito, Ronaldo Caiado de que os números apresentados pela atual gestão são artificiais, a equipe de transição contestou os dados e disse que tem apresentado todos os dados solicitados. Quanto a dívida os dados são divergentes. O atual governo diz que 2018 deve fechar com um deficit orçamentário de R$ 241 milhões. O futuro governo diz que ficará um passivo do atual exercício de R$ 3,8 bilhões. O secretário de Gestão e Planejamento, Joaquim Mesquita, analisa os números.

“O teste orçamentário estimado para exercício de 2018 é o de R$ 241 milhões, nós estamos muito próximos do dia 31 de dezembro e vamos, então, ter a possibilidade de aferir, se as informações passadas pelo governador José Eliton, com base em informações oficiais da Secretaria da Fazenda, vai se confirmar ou se a informação do governador eleito, Ronaldo Caiado, passou ao senhores de R$ 3,6 bilhões. Nós sustentamos com base nas informações e projeções da Secretaria da Fazenda, que o deficit orçamentário será de R$ 240 milhões, com expectativas e possibilidades que eventualmente possa até ser reduzido.

Todo o esforço da equipe econômica e toda orientação do governo é no sentido do atingimento desta meta de deficit e todas as medidas estão sendo tomadas pela equipe de governo, para o alcance e o atingimento dessa determinação do governador José Eliton”.

O superintendente executivo da Secretaria da Fazenda e coordenador da equipe de transição, Afrânio Cotrim criticou o governador eleito e disse que ele ainda está preso no processo eleitoral. Questionado sobre informações de que o governo estadual possa não efetuar o pagamento da folha de dezembro, o que seria um calote na visão de Caiado, Joaquim Mesquita declara que boatos como esse começaram no mês de abril e até hoje não se cumpriram.

“Porque a PEC do teto de gastos limita a despesa do Estado a um determinado patamar, e por que o Tribunal de Contas do Estado (TCE), determina que o Estado limite empenhos. Por conta disto que havia o decreto, era uma possibilidade que o próprio governador se atribuía para que, empenho fossem feitos, no exercício do mês de competência que eventualmente isso possa não ser feito.

Na realidade se nós voltarmos no tempo nós veremos que, possivelmente, desde abril sempre vem se afirmando que o estado não fará o pagamento da folha dos seus servidores, que o estado não garantirá a remuneração dos seus servidores, e sistematicamente, o Governo do Estado vem fazendo o pagamento dos seus servidores”.

Sobre a falta de informação quanto à destinação dos repasses às OSs, reclamada por Caiado e pelo líder de sua equipe de transição, Wilder Morais (DEM), outro integrante da equipe de transição, Tito Souza afirmou que não houve, da equipe de Caiado, questionamentos sobre as organizações. Se questionado o governo responderá.

Ronaldo Caiado havia revelado à reportagem da Sagres que recebeu informações da Secretaria-Executiva do Ministério da Fazenda, de que Goiás não quitou uma dívida de R$ 400 milhões, com atraso de parcela na ordem de R$ 33 milhões e com isso, o acordo existente sobre alongamento da dívida caía por terra. Tito Souza rebate a colocação do governador eleito.

“Na data que ele esteve na STM, realmente não tinha feito o pagamento. Esse pagamento foi efetivado na realidade ele fala 33 milhões, mas ele é de R$ 44.922 milhões, e ele foi feito no dia 30 de outubro (30/10), ou seja, o Estado essa conta foi quitada conforme comprovante”.