O programa Fraternidade em Ação desta semana repercute os assuntos que remetem à reflexão sobre o mundo, a vida e a paz de espírito.
O dominical vai ao ar às 9h da manhã, após o Raiz Brasileira com Justino Guedes, e tem a apresentação de Sebastião Ribeiro, Mônica Fernanda, Jonathas Procópio e William Batista. Edição e montagem: Roberval Silva (voluntários).

Um oferecimento do Centro Espírita Caridade O Caminho.

Confira o tema do programa desta semana.

PENSAMENTOS

Ouça o programa em formato de podcast:

Ouça “Fraternidade em Ação #182 | Pensamentos – parte 1” no Spreaker. Ouça “Fraternidade em Ação #182 | Pensamentos – parte 2” no Spreaker.

Caridade do pensamento

Livro:Paciência
Espírito Emmanuel
Médium Chico Xavier

Lição 7

Caridade do pensamento

Sabemos todos que o pensamento é onda de vida criadora, emitindo forças e atraindo-as, segundo a natureza que lhe é própria.

Fácil entender, à vista disso, que nos movemos todos num oceano de energia mental.

Cada um de nós é um centro de princípios atuantes ou de irradiações que liberamos, consciente ou inconscientemente.

Sem dúvida, a palavra é o veículo natural que nos exprime as ideias e as intenções que nos caracterizem, mas o pensamento, em si, conquanto a força mental seja neutra qual ocorre à eletricidade, é o instrumento genuíno das vibrações benéficas ou negativas que lançamos de nós, sem a apreciação imediata dos outros.

Meditemos nisso, afastemos do campo íntimo qualquer expressão de ressentimento, mágoa, queixa ou ciúme, modalidades do ódio, sempre suscetível de carrear a destruição.

Se tens fé em Deus, já sabes que o amor é a presença da luz que dissolve as trevas.

Cultivemos a caridade do pensamento.

Dá o que possas, em auxílio aos outros, no entanto, envolve de simpatia e compreensão tudo aquilo que dês.

No exercício da compaixão, que é a beneficência da alma, revisa o que sentes, o que desejas, o que acreditas e o que falas, efetuando a triagem dos propósitos mais ocultos que te inspirem, a fim de que se traduzam em bondade e entendimento, porque mais dia menos dia, as nossas manifestações mais íntimas se evidenciam ou se revelam, inelutavelmente, de vez que tudo aquilo que colocarmos, no oceano da vida, para nós voltará.

Matéria mental

Livro: Mecanismos da mediunidade
Espírito : André Luiz
Médiuns : F. C. Xavier / Waldo Vieira

Lição 4

FORMAS-PENSAMENTOS.

— Pelos princípios mentais que influenciam em todas as direções, encontramos a telementação e a reflexão comandando todos os fenômenos de associação, desde o acasalamento dos insetos até a comunhão dos Espíritos Superiores, cujo sistema de aglutinação nos é, por agora, defeso ao conhecimento.

Emitindo uma ideia, passamos a refletir as que se lhe assemelham, ideia essa que para logo se corporifica, com intensidade correspondente à nossa insistência em sustentá-la, mantendo-nos, assim, espontaneamente em comunicação com todos os que nos esposem o modo de sentir.

É nessa projeção de forças, a determinarem o compulsório intercâmbio com todas as mentes encarnadas ou desencarnadas, que se nos movimenta o Espírito no mundo das formas-pensamentos,
construções substanciais na Esfera da alma, que nos liberam o passo ou no-lo escravizam, na pauta do bem ou do mal de nossa escolha.

Isso acontece porque, à maneira do homem que constrói estradas para a sua própria expansão ou que talha algemas para si mesmo, a mente de cada um, pelas correntes de matéria mental que exterioriza, eleva-se a gradativa libertação no rumo dos Planos superiores ou estaciona nos Planos inferiores, como quem traça vasto labirinto aos próprios pés.

Assimilação de correntes mentais

Livro: Nos domínios da mediunidade Espírito André Luiz
Médium Chico Xavier

Lição 5

— Não será, porém, tão fácil estabelecer a diferença entre a criação mental que nos pertence daquela que se nos incorpora à cabeça… — Ponderou meu colega intrigado.

— Sua afirmativa carece de base, — exclamou o Assistente. — Qualquer pessoa que saiba manejar a própria atenção observará a mudança, de vez que o nosso pensamento vibra em certo grau de frequência, a concretizar-se em nossa maneira especial de expressão, no círculo dos hábitos e dos pontos de vista, dos modos e do estilo que nos são peculiares.

E, bem-humorado, comentou:
— Em assuntos dessa ordem, é imprescindível muito cuidado no julgar, porque, enquanto afinamos o critério pela craveira terrena, possuímos uma vida mental quase sempre parasitária, de vez que ocultamos a onda de pensamento que nos é própria, para refletir e agir com os preconceitos consagrados ou com a pragmática dos costumes preestabelecidos, que são cristalizações mentais no tempo, ou com as modas do dia e as opiniões dos afeiçoados que constituem fácil acomodação com o menor esforço.

Basta, no entanto, nos afeiçoemos aos exercícios da meditação, ao estudo edificante e ao hábito de discernir para compreendermos onde se nos situa a faixa de pensamento, identificando com nitidez as correntes espirituais que passamos a assimilar.

Hilário pensou alguns instantes e, estampando na fisionomia o contentamento de quem fizera importante descoberta, falou satisfeito:
— Agora percebo como podem surgir fenômenos mediúnicos em comezinhas situações da vida, tanto nos feitos notáveis da genialidade, como nos dramas cotidianos…

— Sim, sim… — Acentuou o orientador, agora preocupado com o tempo que a nossa palestração consumia, — a mediunidade é um dom inerente a todos os seres, como a faculdade de respirar, e cada criatura assimila as forças superiores ou inferiores com as quais sintoniza.

Por isso mesmo, o Divino Mestre recomendou-nos oração e vigilância para não cairmos nas sugestões do mal, porque a tentação é o fio de forças vivas a irradiar-se de nós, captando os elementos que lhe são semelhantes e tecendo, assim, ao redor de nossa alma, espessa rede de impulsos, por vezes irresistíveis.

E, buscando o lugar que lhe competia nos trabalhos em andamento, ajuntou:
— Estudemos trabalhando. O tempo utilizado a serviço do próximo é bênção que entesouramos, em nosso próprio favor, para sempre.

Texto extraído da 1ª edição desse livro.

Revista espírita — Ano III — Outubro de 1860.(Édition Française)

DISSERTAÇÕES ESPÍRITAS.
Recebidas ou lidas na Sociedade por vários médiuns.

A eletricidade do pensamento.

Espírito Delphine de Girardin.
Médium Sra. Costel.

Falarei do estranho fenômeno que se passa nas assembleias, seja qual for o seu caráter. Quero falar da eletricidade do pensamento, que se espalha, como por encanto, nos cérebros menos preparados para recebê-la. Por si só esse fato poderia confirmar o magnetismo aos olhos dos mais incrédulos. Surpreende-me, sobretudo, a coexistência dos fenômenos e a maneira pela qual se confirmam reciprocamente.

Sem dúvida direis: O Espiritismo os explica a todos, pois dá a razão dos fatos, até então relegados ao domínio da superstição. É preciso crer no que ele vos ensina, porque transforma a pedra em diamante, isto é, eleva incessantemente as almas que se aplicam a compreendê-lo e lhes dá, nesta Terra, a paciência para suportar os males, proporcionando-lhes, no Céu, a elevação gloriosa que aproxima do Criador.

Volto ao ponto de partida, do qual me afastei um pouco: a eletricidade que une os Espíritos dos homens numa reunião, e os faz compreender, todos ao mesmo tempo, a mesma ideia. Essa eletricidade será, um dia, empregada tão eficazmente entre os homens quanto já o é agora para as comunicações distantes. Chamo-vos a atenção para esta ideia; um dia eu a desenvolverei, pois é muito fecunda. Conservai a calma em vossos trabalhos e contai com a benevolência dos bons Espíritos para vos assistirem.

Vou concluir meu pensamento, incompleto na última comunicação. Eu falava da eletricidade do pensamento e dizia que um dia ela seria empregada como o é a sua irmã, a eletricidade física.

Com efeito, reunidos, os homens liberam um fluido que lhes transmite, com a rapidez do relâmpago, as menores impressões. Por que jamais se pensou em empregar esse meio, por exemplo, para descobrir um criminoso, ou fazer que as massas compreendam as verdades da religião ou do Espiritismo?

Nos grandes processos criminais ou políticos, todos os assistentes dos dramas judiciários puderam constatar a corrente magnética que, pouco a pouco, forçava as pessoas mais interessadas a ocultar o pensamento, a descobri-lo, até mesmo a se acusar, por não mais poderem suportar a pressão elétrica que, mau grado seu, fazia brotar a verdade, não de sua consciência, mas de seu coração.

Deixando de lado essas grandes emoções, o mesmo fenômeno se reproduz nas ideias intelectuais, que se comunicam de cérebro a cérebro.

O meio, portanto, já foi encontrado; trata-se de aplicá-lo: reunir num mesmo centro homens convictos, ou homens instruídos, e lhes opor a ignorância ou o vício. Essas experiências devem ser feitas conscientemente, e são mais importantes do que os inúteis debates travados sobre palavras.

Confira edições anteriores do Fraternidade em Ação: