No último final de semana, Aparecida de Goiânia sediou a Taça de Futebol de Amputados, que contou com seis equipes brasileiras – Assama/PR, Pantanal/MS, MDA/MG, Faro/RJ, Assama/Maringá e a Aparecidense/Adfego. O time goiano teve uma campanha de duas vitórias, um empate e uma derrota, e o resultado negativo foi justamente na grande final contra Assama/Maringá.

Rogério Vidal é zagueiro e coordenador da Aparecidense de futebol de amputados e afirmou que a equipe está de “parabéns” pela campanha devido as dificuldades que vem passando. Inclusive, ressaltou que o time que jogaram contra na final tem a base toda de jogadores da Seleção Brasileira.

“O objetivo principal nem era ser campeão, consequentemente queríamos ser, mas era classificar para a Copa do Brasil e conseguimos essa classificação. A gente nunca ficou fora de uma Copa do Brasil, permanecemos no cenário nacional brigando com os grandes. Apesar da dificuldade de treino, desfalque de atletas, a gente tem conseguido bater de frente com equipes estão bem mais estruturadas”, disse.

O time já se reapresenta para treinamentos na semana que vem e Rogério quer dar o ‘feedback’ para os atletas sobre a Taça de Futebol de Amputados. Sobre isso, o coordenador entende que a falta de treinos com a presença de todos os atletas foi preponderante para que a Aparecidense/Adfego não fosse campeã. Alguns não têm uma boa condição financeira para comparecer.

“Nem sempre todos os atletas estavam reunidos para fazer um treino tático, para moldar a equipe dentro de campo. No próximo treino, a gente quer trazer todos os jogadores e já traçar uma meta para setembro para tentar ser campeão da Copa do Brasil e também do Campeonato Brasileiro”.

“Nosso time é forte, é uma equipe boa, é uma equipe que sempre esteve na frente do futebol de amputados no Brasil e é por detalhe que a gente não tá conseguindo ser campeão”.

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A Aparecidense/ Adfego é recente, foi formada este ano com a junção das duas equipes de futebol de amputados no estado. Sendo uma das principais do país, o zagueiro vê a equipe batendo na trave na conquista de títulos. Apesar de toda a ajuda dada pela Prefeitura de Aparecida, falta mais incentivo para a modalidade. 

Rogério Vidal revelou que a Prefeitura de Aparecida sempre ajuda com o que é solicitado, como translado, alimentação etc. Entretanto, não há ajuda financeira mensal “de nenhuma empresa”

“O que eu preciso para dar uma estrutura para os meus atletas é um auxílio mensal, pelo menos uma ajuda de custo para combustível, transporte. Eu tenho muitos que moram longe e às vezes tem que gastar do próprio bolso para poder treinar, e isso pesa muito para eles. Precisaria do apoio do Governo Estadual, Governo Federal ou da própria Prefeitura para incentivar também os atletas”, concluiu.

Além da Copa do Brasil, a Aparecidense/Adfego tem no calendário também a disputa do Campeonato Brasileiro de Futebol de Amputados, em novembro, na cidade de Maringá.