No meio de uma crise mundial devido a pandemia do novo coronavírus, o futebol brasileiro, assim como diversos setores da economia nacional, luta para sobreviver. Em decorrência disso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou na última segunda-feira (6) uma doação de pouco mais de R$ 19 milhões para clubes e federações. Em Goiás, seis agremiações serão contempladas pelo auxílio financeiro, dividido de forma que cubra um valor equivalente a duas vezes a folha salarial média dos atletas.

Para os clubes da Série D do Campeonato Brasileiro, como no caso dos goianos Crac, Goianésia e Goiânia, foi destinado um aporte de R$ 120 mil para cada. Em entrevista à reportagem da Sagres 730, Marco Antônio Maia, presidente do Goianésia, revelou existir um grupo envolvendo os dirigentes dos 64 participantes da quarta divisão nacional e que a ajuda da CBF já tinha sido requerida. Contudo, ressaltou que o valor “não banca um campeonato longo igual esse. É só uma ajuda, um patrocínio”.

(Foto: Comunicação Goianésia)


Segundo o dirigente, “sabemos que não será fácil renegociar com os patrocinadores, todos virão de crise, então o futebol depende muito hoje da boa vontade da CBF. Acreditamos que já é uma sinalização positiva, mas pode melhorar pela realidade que sabemos da CBF e do futebol brasileiro e, principalmente, pelo que as outras federações a nível mundial vêm fazendo. Espero que a CBF possa fazer outra proposta e aumentar esse valor para ajudar as 64 equipes da Série D e as outras da Série C também”.

Marco Antônio Maia afirmou que “é um momento de muita incerteza ainda, não só no futebol, mas no nosso dia a dia, e não sabemos a real situação que nos espera. Os especialistas falam que esse mês será o divisor de águas para termos certeza se conseguiremos sair vitoriosos dessa crise da pandemia. Nós do futebol estamos com uma expectativa boa, acho que no começo de junho dê certo de se iniciar o Brasileiro e estamos trabalhando nesse sentido para rapidamente reagrupar os jogadores e a comissão técnica”.

De acordo com o presidente do Goianésia, o clube do Vale do São Patrício “vem forte para tentar chegar à Série C do ano que vem”. Ao lado dos seus conterrâneos estaduais, está no Grupo A5 da Série C também junto com Águia Negra-MS, Operário de Várzea Grande-MT, União Rondonópolis-MT, Vitória-ES e um entre Aquidauanense-MS e Real Noroeste-ES, que disputam na fase preliminar uma vaga. Na primeira fase, são 14 rodadas, em que os quatro melhores de cada grupo avançam para a segunda fase.

O Goianésia, que até a paralisação por tempo indeterminado do Campeonato Goiano se encontrava na quarta colocação, com 15 pontos em 10 rodadas, conta no comando técnico com o jovem Luan Carlos, de apenas 27 anos. Marco Antônio Maia destacou que “desde que chegou aqui, tínhamos o objetivo de permanecer com ele. É um rapaz jovem, conhece bem a Série D, já disputou duas vezes, e um cara que conhece a realidade do Goianésia e a maioria dos nossos jogadores. A nossa ideia é sim continuar com o Luan o ano todo”.

Já a respeito do elenco, o dirigente frisou que “liberamos todos. Como não sabíamos a dimensão dessa crise e de quanto tempo ficaríamos parados, acabamos com todos os contratos e hoje não temos nenhum jogador contratado. Estamos conversando com todos e a nossa ideia é permanecer com o mesmo elenco, mas sem vínculo nenhum por enquanto. Sinalizando o início, vamos ligar para esses jogadores para que voltem rapidamente ao treinamento”.

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