Você sabia que as cidades também competem? Pois é, a competitividade pode ser medida pelos fatores que fazem um município atrair investimentos, gerar empregos e garantir uma boa qualidade de vida a seus moradores.

O relatório do Centro de Liderança Pública trouxe o ranking de competitividade entre os municípios brasileiros, e Goiânia está na 79ª posição. Será que a gente poderia estar melhor? A verdade é que saltamos 11 posições desde o último ranking publicado em 2020.

Eu conversei esta semana com a Carla Marinho Fernandes. Ela é analista de Competitividade do Centro de Liderança Pública (CLP) e participou do estudo que avaliou 411 municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes. Em Goiás, são apenas 16 nessa lista.

O estudo avalia a competitividade no setor público, que são as entregas de serviços à população, aumentando seu padrão de vida. Entram em conta o acesso e qualidade da saúde, da educação, segurança, mortalidade materna e infantil e outros 60 indicadores.

Goiânia saltou da 90ª para a 79ª posição, assegurada pela sustentabilidade fiscal e funcionamento da máquina pública. Goiânia é a cidade melhor colocada do Centro-Oeste e a décima melhor capital brasileira no comparativo.

Carla Marinho explica que há espaço para Goiânia melhorar. Para se ter uma ideia, Palmas é a cidade com melhor competitividade na região Norte e está dezoito posições à frente da capital de Goiás.

A pandemia de Covid-19 afetou os municípios, mas não em tudo. Em Goiânia, registrou-se queda da atividade econômica, mas aumento do acesso e qualidade da saúde, por exemplo, mesmo com todos os problemas enfrentados.

Lanterna dos afogados

Se Goiânia é a melhor do Centro-Oeste, outros municípios goianos amargam péssimas posições. É o caso de Novo Gama, Luziânia, Formosa, Caldas Novas e Planaltina. Estes municípios enfrentam sérios problemas que vão desde a infraestrutura básica ao acesso à saúde, educação e segurança.

Por outro lado, cidades como Trindade e Aparecida de Goiânia, mesmo longe do pódio, conseguiram avançar muito no ranking. Trindade saltou 50 posições. Aparecida se destaca em sustentabilidade fiscal e entrega de serviços públicos, com a 24ª posição nacional nestes dois quesitos.

Carla Marinho deixa a dica: investir no acesso a creches e na primeira infância é um caminho que Goiânia precisa seguir. Alô, prefeito!

FPC: inovação faz parte do cenário

Nada melhor do inovar para alavancar a competitividade. Melhor ainda é quando essa inovação vem acompanhada de sustentabilidade. No quadro Faz Parte do Cenário desta semana, o professor do Instituto de Química da UFG, Nelson Roberto Antoniosi Filho, falou dos tijolos ecológicos que ele inventou, iniciativa premiada que nos enche de orgulho. Vamos acompanhar:

Lembrando que este assunto está alinhadíssimo com o Objetivo do Desenvolvimento Sustentável número 11: cidades e comunidades sustentáveis.

Programa completo

Temas abordados

– Como se avalia a competitividade entre municípios? https://youtu.be/z0JvM-JhLss

– Goiânia subiu no ranking, por quê? https://youtu.be/qEea4-cQarc

– O que o ranking de competitividade avalia? https://youtu.be/y4-jXq_bJVk

– Cidades goianas mal posicionadas no ranking de competitividade. https://youtu.be/uXzt7dMZy_4

– Cidades goianas que mais avançaram no ranking. https://youtu.be/-dkV5TCmkfI

– Como a pandemia afetou o ranking dos municípios? https://youtu.be/4XNxynEL2RE

– FPC: inovação faz parte do cenário. https://youtu.be/CX8SjNHQKWQ

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