O município de Goiânia alcançou a 25º posição do Ranking Nacional de Cidades Inteligentes. Esse foi o melhor resultado entre as cidades goianas e o terceiro melhor da região Centro-Oeste, atrás de Campo Grande e Brasília. Se comparado ao resultado de 2020, a capital do estado ganhou 11 posições em 2022. 

O secretário do Escritório de Prioridades Estratégicas de Goiânia, Felipe Alves, avaliou que a melhora no ranking é fruto de um trabalho sistemático com objetivos bem definidos.  

“Iniciamos um trabalho sistemático que visa transformar Goiânia em uma cidade inteligente, humana e igualitária. Tendo a governança inteligente como base e a tecnologia como meio para que o município se configure no rol das cidades mais inteligentes do país, observando sempre e tendo como principal finalidade melhorar a vida do cidadão”, disse.

O Ranking Connected Smart Cities é desenvolvido pela  Urban Systems desde 2015 e cria uma plataforma sobre Cidades Inteligentes. A plataforma aponta através de 11 eixos o estágio das cidades brasileiras para o seu desenvolvimento inteligente, sustentável e humano.

O Geólogo e diretor de marketing da Urban System,  Willian Rigon, explicou que o conceito de cidades inteligentes engloba as necessidades da população e como a administração pública soluciona esses problemas. “O conceito de cidade inteligente trabalha muito a questão de trazer qualidade de vida para a população. Então é entender realmente o que está faltando para a população”, afirmou.

Os 11 eixos que norteiam o estudo sobre a qualidade de vida são: mobilidade, urbanismo, saúde, segurança, educação, empreendedorismo, tecnologia e inovação, energia, economia e governança e meio ambiente, Segundo Rigon, os municípios precisam averiguar as necessidades da população e prover os recursos necessários para melhorar a qualidade de vida tendo a tecnologia como um meio e não como um fim.

Destaques

Rigon afirmou que Goiânia se destaca bastante em mobilidade e tecnologia e inovação. Mas apesar do salto de 11 posições em dois anos, a cidade ainda precisa melhorar em pontos como segurança, governança e meio ambiente, que ele apontou como os eixos de menor destaque da cidade. 

“Goiânia tem muita área verde, muita qualidade de vida nesse sentido. Mas ainda tem algumas questões de infraestrutura, de acesso à água, coleta de esgoto, algumas coisas que podem potencializar a cidade. Segurança está atrelada aos indicadores de criminalidade que medem a insegurança. Então, é tentar buscar um desenvolvimento e a melhora desses índices de criminalidade. E no caso de governança é continuar todo esse trabalho por meio das soluções digitais”, explicou.

Rigon disse ainda que é necessário aos municípios terem uma sistematização de informações e dados para corroborar para as estratégias da cidade. Questionado sobre os pontos de menor destaque para Goiânia no ranking, o secretário apontou que a cidade já desenvolve estratégias como o Sandbox Regulatório do município de Goiânia. 

“O Sandbox Regulatório é uma área onde se testará tecnologia, soluções e inovações para depois ser expandida a toda cidade. E a ideia é que essa área de TED seja uma área onde estará abarcada um parque dentro do município com soluções de mobilidade, infraestrutura e segurança”, contou.

Felipe Alves afirmou que o Sandbox dará à gestão da cidade mais segurança para validar produtos, processos e serviços inovadores. O projeto foi sancionado pelo prefeito Rogério Cruz no dia 26 de setembro e pode ser qualquer perímetro urbano do município, como um bairro ou um parque.        

“Estamos fazendo levantamentos para observar os eixos, as limitações e dificuldades do cidadão, para que as tecnologias, as soluções e as inovações venham de encontro com essa necessidade e que a qualidade de vida do cidadão melhore com a aplicação e com essas soluções”, relatou.

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