Parlamentares e gestores públicos goianos ligados à infraestrutura evitam comentar a polêmica envolvendo o afastamento de quatro servidores da cúpula do Ministério dos Transportes. A decisão da Presidente Dilma Rousseff foi motivada por denúncias de que funcionários do ministério e de órgãos vinculados à pasta montaram um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por empreiteiras.

Entre os citados estão o próprio Chefe de Gabinete do Ministro, Mauro Barbosa, o assessor do Ministério, Luiz Tito, o Diretor-Geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot e o presidente da estatal VALEC, José Francisco, o “Juquinha das Neves”.

O presidente do Partido da República (PR) em Goiás, Deputado Federal Sandro Mabel acredita que é necessário se fazer uma averiguação profunda nas supostas irregularidades denunciadas. “Isso deve ser feito com rapidez, senão a pessoa fica num linchamento público”, argumentou.

No entanto, o parlamentar não acredita que as denúncias atingirão ações do partido, que nacionalmente comanda os transportes, em Goiás. “A nossa bancada é suprapartidária, as coisas andam bem e eu tenho certeza que não há nenhum tipo de desvio”.

O Superintendente Regional do DNIT em Goiás, Alfredo Sobihê Neto, preferiu não opinar sobre o assunto e disse que pretende continuar trabalhando na normalidade. “Tecnicamente sei disso vendo as notícias nos jornais. Por enquanto estou aqui e, enquanto eu estiver, vou continuar trabalhando”.

Deputado Federal pelo PT, Rubens Otoni, também avalia que Goiás não terá prejuízos de execuções de serviços em face das denúncias. “O Governo Federal tem todo o interesse de fazer com que o Centro-oeste tenha infraestrutura garantida para o desenvolvimento. Este é um caso para ser investigado. Houve uma denúncia e a presidente Dilma tomou a decisão acertada de afastar. Temos que ter cuidado e só as investigações vão poder mostrar o que realmente aconteceu”, concluiu.