Nos últimos dias a pandemia do novo coronavírus e o crescimento do número de infectados tem sido a maior preocupação do sistema de saúde. Mas outra doença está ascendendo o sinal de alerta, a dengue. O mapa de risco do estado de Goiás aponta que 17 municípios estão na categoria de alto risco para a doença.

(Fonte: Reprodução SES-GO)

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) o estado registrou a primeira morte por dengue neste ano. A vítima foi de um homem de 49 anos que morava em Cristalina, no Entorno do Distrito Federal.

De acordo com o painel da dengue, Goiás ainda tem cinco mortes em investigação: em Anápolis, Luziânia, Silvânia, Trindade e Cristalina. Em 2020, foram registradas 40 mortes confirmadas pela doença e 18 suspeitas. Já em 2019, o número foi de 100 óbitos.

Em entrevista ao Sinal Aberto II, na Sagres 730, a Gerente de Vigilância Ambiental e Saúde do estado, Edna Coven destacou que as medidas de isolamento social e combate a Covid-19 mudaram algumas estratégias nas ações de controle da dengue.

“Aquelas visitas domiciliares que eram realizadas com regularidade pelos agentes comunitários de saúde, tiveram que ser reduzidas. Agora elas só acontecem quando é identificado um alto números de notificações em determinada quadra, em determinado bairro ou em determinada região da cidade”, explicou.

Confira a íntegra da entrevista:

Contudo, Edna Coven ressaltou que vigilância ambiental e saúde do estado tem um método para identificar as regiões com maior notificação de casos de dengue.

“Temos uma sistema de informação que nos mostra onde o números de casos está aumentando. A partir desse sistema de informação nós vamos orientando os agentes de saúde e as secretarias municipais de saúde a atuarem nessas regiões que nós chamamos de áreas quentes da cidade. Então, esses trabalhos tem sido feito pelos agentes, (nessas regiões) são realizadas as ações de bloqueios com os inseticidas e larvicidas”, frisou.

Apesar das ações da Vigilância em Saúde, Edna Coven pontuou que a população precisa ter responsabilidade e não deixar água parada dentro de casa, para que a proliferação do aedes aegypti possa ter contida.

“Aqueles cuidados que estamos falando a tantos anos, de manter a limpeza do seus imóvel, a limpeza do quintal, quem tem piscina ter o devido cuidado. Todos os reservatórios de água devem estar cobertos, caixas d’água, cisternas, fossas. Agora nesse período de chuvoso é muito importante a limpeza das calhas. Porque a limpeza urbana está regulara na cidade, então nós precisamos que esse cuidado com a limpeza também seja realizado nos imóveis”, orientou.

Para denunciar casos de casas ou lotes baldios com lixo e água parada, a população de todo estado pode entrar contado com a Vigilância em Saúde do estado pode ser solicitado pelos telefones 150 ou pelo 3201-3523. Em Goiânia as denúncias podem ser realizadas pelos números 156 ou no 3524-1637. Por esses canais de atendimento a população também pode solicitar a visita de agente para a aplicação de larvicida e inseticida em suas residências.

Confira os 17 munícipios com maior coeficiente de incidência das 4 últimas semanas:

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MunicípioCasosPopulaçãoClassificaçãoIncidência
JOVIANIA1627372Alto Risco2198
SAO LUIS DE MONTES BELOS66833470Alto Risco1996
SANCLERLANDIA1057642Alto Risco1374
SERRANOPOLIS1158445Alto Risco1362
ANHANGUERA111137Alto Risco967
CRISTALINA51357759Alto Risco888
CAMPO ALEGRE DE GOIAS527437Alto Risco699
BRITANIA375761Alto Risco642
CAMPINORTE7212486Alto Risco577
BURITI DE GOIAS142501Alto Risco560
TURVANIA254633Alto Risco540
CORREGO DO OURO122364Alto Risco508
SAO JOAO DA PARAUNA71417Alto Risco494
MOIPORA71557Alto Risco450
ISRAELANDIA122815Alto Risco426
PARAUNA4510995Alto Risco409
ITARUMA287097Alto Risco395
(Fonte: Reprodução SES-GO)