Há alguns anos o projeto da Nota Fiscal vem sendo de fundamentel importância para o Campeonato Goiano.

Os dirigentes com pouca capacidade e com muita preguiça para buscar na iniciativa privada os recursos necessários, ficam esperando o dinheiro do Governo do Estado para pagar as gastos com o futebol.

É bem mais fácil.

Restam cerca de 3 jogos para a maioria dos clubes até o encerramento da fase de classificação.

E a burocracia impediu que o tão esperado dinheiro chegasse a tempo para os clubes que disputam a competição.

Isso significa que no mínimo 6 clubes não terão acesso ao que foi combinado e prometido.

A promoção deve chegar apenas para as semifinais e para os representantes goianos no Campeonato Brasileiro.

Quem acreditou na promessa e trabalhou seu orçamento aguardando esse recurso… Se deu mal.

 

 

 A Rádio 730 teve o cuidado de falar com alguns presidentes para saber a real situação desses pagamentos. O primeiro deles foi o presidente do Vila Nova, Joás Abrantes. Em entrevista concedida, o cartola do Tigrão revela que até o momento não teve nem sinais do dinheiro que seria pago pela promoção Nota Show de Bola. “Ainda não tivemos nenhum posicionamento da Federação Goiana de Futebol, que é quem cuida disso. Mas como a organização parte apenas deles, o clube não participa, nós devemos aguardar”, comenta o presidente do Vila Nova.

O presidente do Trindade, Mauri Rios, também confirma que a verba ainda não chegou e diz que está difícil receber um posicionamento claro das partes envolvidas na situação. “A Federação nos passou que já está tudo aprovado, mas tentamos contatos e existem dificuldade em manter essa comunicação, principalmente com os times do interior. A demora nisso tudo prejudica demais os clubes, poderíamos ter, pelo menos, o dobro de torcedores nos estádios. Além de que nosso planejamento contava com esse dinheiro e até agora nada chegou”, revela Mauri.

A Aparecidense também está pessimista quanto à promoção Nota Show de Bola, como revela o diretor de futebol, João Rodrigues Cocá. “Deixamos de arrecadar em torno de 120 mil reais que usaríamos para pagar algumas contas no clube e incluir no bicho dos jogadores. Nós entramos em contato com o presidente da FGF, André Pitta, e ele nos revelou que acha muito difícil ter a verba da promoção nesse campeonato. O problema é que nós já contávamos com isso porque é um projeto que já existe há tempos e porque estava planejado para esse ano também. O prejuízo é financeiro, mas também reflete no espetáculo como um todo. O público fica muito prejudicado, todo mundo já era acostumado”, comenta o diretor da Aparecidense.

Mário Alves, presidente do Anápolis, garante que também buscou saber da situação, mas não recebe um posicionamento claro da Federação Goiana. “Nós buscamos várias vezes saber da Federação como está o andamento da promoção, mas eles não falam em datas, não esclarecem tudo. O que sabemos é que foi aprovado junto ao Governador e que está preso na burocracia. O problema é que agora ficará bastante reduzido, por exemplo, pra nós ficará apenas um jogo, se realmente acontecer. Nosso orçamento foi feito contanto com essa verba, todo time do interior tem muita dificuldade em fazer futebol e esse dinheiro seria bem-vindo”.

O Grêmio Anápolis segue no mesmo barco e, como esclarece o presidente Raimundo Silva, terá o planejamento prejudicado pela falta do dinheiro. “O que é nos passado é que o projeto já foi aprovado, mas permeia na burocracia já que envolve o governo do Estado. Até o momento o que eu sei é que está emperrado em algum setor de órgão público. A gente lamenta, porque o dinheiro está fazendo muita falta. Além da verba que é repassada, o público também deixa de comparecer, ano passado era muito maior”, declara o dirigente.

O presidente do Atlético Goianiense, Valdivino de Oliveira, comenta que o dinheiro ainda não foi liberado, mas, por conhecer os trâmites públicos, espera a verba ainda para esse Campeonato Goiano. “Ainda não chegou nada, mas eu conheço as atividades públicas e sei que ainda está no tempo para tudo se normalizar. Eu espero que tenhamos tudo funcionando logo, o que será muito bom para todos os clubes. Até nos estádios o público vai ser maior, tenho certeza, porque a promoção é um incentivo para os torcedores, tem todo um trabalho de publicidade que ajuda a encher os estádios”, analisa Valdivino.

No Goianésia, o presidente Gustavo Henrique não demonstra tanto otimismo e diz ter outra informação. “O que foi me passado é que a Nota Show de Bola será válida apenas para os Campeonatos Brasileiros. Para o Goianão, infelizmente, não será liberado à tempo. Esse dinheiro fará falta, porque tínhamos algumas dívidas a serem pagas e agora não sei como vai ficar. Caso o Goianésia consiga a vaga para a Série D, talvez nem seja possível participar. O certo é que agora já não contamos com esse dinheiro mais e vamos esperar o fim do campeonato para analisar as situações”, revela o presidente.

Por fim, O Crac também não sabe como será realizada a promoção e o presidente Elson Barbosa, o Caçula, confessa estar na torcida para sair ainda no Campeonato Goiano. “Nós sabemos que o acordo está esbarrando na parte burocrática, mas estamos na torcida para que tudo se acerte o quanto antes. Será muito importante para o clube contar com essa verba, inclusive, não teríamos passado por tudo aquilo se esse dinheiro tivesse saído para o clube. Faz falta demais essa promoção, porque o torcedor está acostumado e como não tivemos como oferecer esse ano, o público sofreu uma queda brusca”.