A cúpula da Otan se encerra nesta quinta-feira (30), em Madri, na Espanha. O encontro assinala o que seria a aliança militar do ocidente diante do prolongamento da Guerra da Ucrânia, provocada pela invasão das tropas russas de Vladimir Putin, iniciada em fevereiro deste ano.

No quadro Sagres Internacional desta semana no Sagres Em Tom Maior, o professor de História e Geopolítica, Norberto Salomão, analisa o encontro, que ocorreu quase ao mesmo tempo que o G7, em Schloss Elmau, na região da Baviera, na Alemanha, concluído na última terça (28), e que contou com participação do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, por videoconferência. Confira a partir de 1’01

”A Otan reforça a ideia de que a Rússia e as ações russas na Ucrânia são uma ameaça à paz mundial, e também fala sobre o expansionismo chinês, principalmente as ameaças da China contra Taiwan e Hong Kong”, afirma. ”Não houvesse a Otan, Putin já teria avançado talvez até sobre outros territórios na região do leste europeu”, complementa Salomão.

O chanceler russo, Serguei Lavrov, por sua vez, disse hoje (30) que uma nova ”cortina de ferro” está se formando entre a Rússia e o Ocidente. A famosa expressão foi usada pelo primeiro-ministro Winston Churchill em 1946 para definir o início da Guerra Fria na Europa, com a divisão de países entre aliados dos EUA a oeste e da União Soviética, a leste.

Norberto Salomão analisa ainda a mudança de posição da Turquia em relação à entrada de Finlândia e Suécia na Otan, e quais as consequências e como a Rússia tem reagido a esse novo cenário.