Nesta terça-feira (6), Portugal e Suíça disputaram o último jogo das oitavas de final da Copa do Mundo de 2022. Antes mesmo da bola rolar no estádio Lusail, na região metropolitana da capital catari Doha, logo de cara a primeira surpresa da partida: Cristiano Ronaldo no banco de reservas. Opção do treinador Fernando Santos.

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A decisão trouxe críticas positivas, pela coragem de barrar o principal jogador da seleção lusitana, e negativas, justificadas pela polêmica do último jogo, quando o atacante de 37 anos não escondeu sua insatisfação ao ser substituído. No fim das contas, o veterano comandante técnico português teve razão.

Afinal de contas, dos pés de Gonçalo Ramos saíram quatro dos seis gols na goleada por 6 a 1 sobre os suíços. O jovem avançado do Benfica, de 21 anos, marcou três e ainda deu assistência para outro. Esse foi, inclusive, o primeiro hat-trick em uma Copa do Mundo desde o de Cristiano Ronaldo na 1ª rodada da Copa da Rússia, em 2018.

Essa não foi a primeira vez no Catar que Portugal mostrou que pode ser mais do que o time de Cristiano Ronaldo, alcunha que seguiu a seleção lusitana nas últimas duas décadas. Na fase de grupos, o meia-atacante Bruno Fernandes foi o grande protagonista nas vitórias que classificaram a equipe à fase final do Mundial.

Um dos mais promissores atacantes de uma geração que promete muito no futuro para os portugueses, vice-campeã europeia nas categorias sub-19 e 21, Ramos superou todas as expectativas ao desbloquear um início de jogo truncado, diante do ferrolho suíço, que entrou com formação inédita no torneio.

Na etapa final, comandados pelo jovem jogador, Portugal destruiu de vez o sistema adversário, aproveitando os espaços com seu ataque posicional. Outrora criticado por táticas obsoletas e defensivas, em contraste com o talento técnico de sua seleção, Fernando Santos agora é elogiado pelo jogo livre no ataque.

Após o jogo, o treinador lusitano explicou que “Cristiano e Ramos são jogadores diferentes. Não existe nenhum problema com o nosso capitão. Somos amigos há muitos anos. Conversamos antes do jogo e ele não teve nenhum problema com a minha decisão. Ele mostrou o exemplo de um capitão”.

Enfim, há Jogo Bonito para a seleção portuguesa. E o futuro já é o presente de Portugal.

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