Aos 37 anos, próximo de completar 38, em fevereiro, Cristiano Ronaldo provavelmente disputa a sua última Copa do Mundo. No próximo Mundial, em 2026, terá 41 anos. Atualmente está sem clube, após romper com o Manchester United, o capitão português já atravessa o pior momento de sua carreira, que parece próxima do fim.
Ainda assim, CR7 é um craque e que ainda marca diferenças. Foi seu o primeiro gol de Portugal no Catar, quando abriu o placar na vitória sobre Gana e se tornou o primeiro atleta masculino a marcar em cinco edições da Copa do Mundo. Nesta tarde, diante do Uruguai, também teve boa apresentação. Não mais como protagonista, no entanto.
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O verdadeiro dono da equipe portuguesa é outro ídolo do Manchester United: Bruno Fernandes. Autor de duas assistências na estreia, desta vez marcou os dois gols na vitória sobre os uruguaios, que garantiu a classificação antecipada de Portugal, a terceira seleção já garantida nas oitavas de final após França e Brasil.
Com quatro participações em gols, o camisa 8 português se juntou a Kylian Mbappé como os jogadores mais produtivos do Mundial do Catar. Em uma equipe com grandes coadjuvantes como William Carvalho, Bernardo Silva, João Félix, Rafael Leão e, por que não, Cristiano Ronaldo, a estrela do time de Fernando Santos é Bruno.
Afinal de contas, é o meia-atacante o principal responsável por terminar as jogadas. Se não nas finalizações, mas com o passe final. No primeiro gol, inicialmente assinalado para Cristiano, Fernandes, inclusive, realmente cruzou para o atacante, que não alcançou a bola. No segundo, cobrou o pênalti ao seu estilo, mas sempre fatal.
A propósito, com toda sua riqueza técnica, Portugal está longe de convencer, e também não apresenta a consistência defensiva de outrora. Ainda assim, as individualidades estão fazendo a diferença para o país ter sucesso no Catar. Se será suficiente para ir além, vai depender muito de Bruno Fernandes e companhia.
O mesmo não se pode dizer do Uruguai, que precisa no confronto contra Gana fazer o que ainda não conseguiu nesta Copa: vencer um jogo. Com a confusão da equipe de Diego Alonso e a decadência de uma geração já não tão competitiva, é difícil imaginar que os uruguaios sejam os adversários do Brasil nas oitavas.