O presidente do MDB Goiás, Daniel Vilela, confirmou que o partido deixa a gestão da prefeitura de Goiânia, hoje comandada por Rogério Cruz (Republicanos), em transmissão ao vivo pelas redes sociais nesta segunda-feira (5). Daniel ressaltou que, além das mudanças que vinham sendo feitas na prefeitura, o Republicanos cortou o diálogo com o MDB e que os nomes escolhidos para as pastas, causavam estranheza pelo desconhecimento. “Hoje Goiânia está num voo às cegas, nós não sabemos para onde vai, quais são os interesses e, principalmente, quem está a frente”.

Daniel disse que, provavelmente, o MDB se posicionará como oposição ao prefeito de Goiânia, mas apenas para cobrar que o plano de governo seja executado. O presidente do MDB já havia dito em outras ocasiões que mudanças nos cargos são normais, pois o prefeito precisa de pessoas de confiança ao seu redor, e que se o projeto de governo, pensado por Maguito Vilela e sua equipe, que venceram as eleições, fosse seguido, permaneceria na gestão com o Rogério Cruz.

A saída do MDB foi citada por Daniel como algo que demonstra o compromisso deles com o projeto eleito. “O MDB demonstra que tem respeito, que tem compromisso, que não se apequena e por isso faz o que outros partidos fariam diferentes: entrega vários cargos, secretarias. Se fosse interesse do partido se apegar a cargos, nós não faríamos isso aqui. É a defesa de um legado de alguém que queria o melhor para essa cidade”.

Nos últimos dias, Daniel contou que tentou conversar com o prefeito Rogério Cruz, mas que não conseguia contato. Segundo o presidente do MDB, chegaram a dizer para ele que não adiantava tentar falar com o prefeito, que ele deveria procurar o presidente nacional do Republicanos. “Durante 15 dias, sequer fui atendido por ele para saber o que havia acontecido”.

O clima de insegurança criado pela forma como as exonerações foram ocorrendo, mais a falta de contato foram determinantes para decisão tomada pelo partido. “Sempre imaginei que nós tínhamos um projeto muito maior do que disputas políticas. Acho que as trocas eram legítimas, mas a forma como se deu a ruptura dessa relação foi incompreensível”.

Outro ponto criticado pelo presidente do MDB foi o decreto que concedeu atribuições que eram somente do prefeito ao novo secretário de governo, Arthur Bernardes de Miranda. “Com essas últimas situações, ficou claro para nós que o prefeito tinha tomado, sabe-se lá porque, uma decisão de mudar o rumo da prefeitura”.