Durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (5/4), o secretário de Planejamento e Habitação, Agenor Mariano da Silva, fez duras críticas à gestão do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, e o acusou de entregar o comando da capital nas mãos do Presidente do PRB- DF, Wanderley Tavares. Agenor e outros 17 auxiliares do primeiro escalão assinaram carta de renúncia coletiva hoje.

Durante discurso, Agenor Mariano afirmou que não sabe quem são “bandidos”, mas que não faz parte de quadrilha. “Os secretários que aqui estão não são bandidos. Não somos parte de uma quadrilha e por isso que estamos pedindo emissão. Que a carapuça sirva pra quem deve servir. Não estou fazendo falsas acusações, mas que a carapuça sirva pra quem deve servir”, criticou.

O secretário afirmou que o questionamento e a insatisfação é por conta dos nomes que estão sendo escolhidos para substituir as indicações feitas pelo MDB. “O problema aqui é quem está conduzindo o cargo. Nós não vamos nos ajoelhar por causa de secretarias. Estamos aterrorizados com o futuro que espera essa cidade”, afirmou.

Agenor fez referência aos nomes de fora do estado nomeados sob influência do diretório nacional do Republicanos, entre eles o atual secretário de governo, Arthur Bernardes (PSD-DF), o novo presidente da Comurg, Alex Gama, de Alagoas e o diretor-administrativo da companhia, Ricardo Itacarambi, do DF.

“Parabéns para esses auxiliares que deixaram suas famílias e saíram de suas cidades para receberem R$ 11 mil. Vão pegar avião mais de uma vez por mês para visitarem suas famílias só para contribuírem com uma cidade que muitos não conhecem. É um verdadeiro ato de amor pela cidade. Nos estimula muito ver essa dedicação. A terra não conhecida que já passou a ser amada”, criticou.

Agenor ainda acusou Rogério Cruz de entregar o comando da cidade para nas mãos do Presidente do PRB- DF, Wanderley Tavares. “Não estou falando de Rogério Cruz, que nos trata muito bem. Mas nesses três meses tentamos aconselhar, orientar e não fomos ouvidos. Fomos comunicados que os ouvidos da prefeitura é do presidente do PRB de Brasilia. Então não adianta conversar com Rogério Cruz. Não vou me submeter a ser comandado por alguém que não foi eleito pelo povo”, finalizou.