Com boa parte das atividade sendo desempenhada pela internet por causa da Covid-19, a preocupação de especialistas com a exposição de crianças e adolescentes a abusadores sexuais ganhou relevância e se tornou motivo de alerta.

Para a coordenadora da Sociedade Goiana de Pediatria, Mirna de Sousa, em entrevista ao Sagres Em Tom Maior #372, é preciso que pais e responsáveis redobrem os cuidados sobre quais conteúdos as crianças e adolescentes têm acessado. Assista a seguir a partir de 01:07:00

“Internet é a nova rua. É onde a gente conhece pessoas, se relaciona. Então os mesmos cuidados que a gente tinha no mundo real, no mundo virtual a gente também tem que ter”, afirma Mirna de Sousa.

De acordo com a pesquisa mais recente da Tic Kids Online Brasil, com dados de 2019 (antes da pandemia), 15% das crianças e adolescentes entre nove e 17 anos viram vídeos ou imagens de conteúdo sexual na internet, 18% dos entrevistados entre 11 e 17 anos receberam mensagens de conteúdo sexual e 11% desta mesma faixa etária receberam pedidos para que enviassem fotos ou vídeos nus.

No Brasil, o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) configura como crime o compartilhamento, armazenamento e a produção de conteúdo sexual infantil. A pena prevista é de reclusão de três a seis anos, além de multa. Especialistas da área de segurança afirmam que o meio mais comum de ação dos pedófilos é a partir da criação de perfis fakes, onde se passam por adolescentes ou crianças para atrair as vítimas.

Mirna de Sousa no STM #372 (Foto: Sagres TV)