A goleada sobre o Oeste não foi o único motivo pela última terça-feira ter sido uma noite importante para o Atlético. Afinal de contas, o meia Jorginho chegou a outra marca significativa pelo clube: em Barueri, o jogador de 28 anos completou 250 partidas vestindo a camisa rubro-negra. Antes da coletiva de imprensa, o presidente executivo atleticano, Adson Batista, se pronunciou e congratulou o atleta.

“Hoje é um dia muito feliz para nós após uma grande vitória. Estou muito feliz aqui porque o Jorginho é uma referência dentro do Atlético, um cara religioso e de bem, que sempre honrou a camisa do Atlético da melhor forma possível. Um cara que nunca me um problema, sempre foi muito profissional e valorizou muito jogar no Atlético. É uma história muito bonita que ele tem aqui e hoje temos a grande honra e satisfação de estar passando para ele uma marca importantíssima, e espero que possa ter mais 250”, destaca.

Com a palavra, Jorginho agradeceu o dirigente pela homenagem e ressaltou que “tenho muita gratidão a esse clube, que desde 2013 visto essa camiseta e sempre honrei quando entrei em campo. Sou muito feliz, aqui todo mundo me respeita, desde o porteiro, as ‘tias’ da cozinha, os ‘caras’ da rouparia, o pessoal que trabalha no campo, e quando essas pessoas te respeitam você tenta dar o melhor dentro de campo. Estou muito feliz de estar completando essa marca e espero completar 300, 350”.

Atualmente o jogador em atividade com mais presenças pelo clube e recentemente de contrato renovado até dezembro de 2021, o meia frisa que “espero passar ao máximo. Se não me engano, o Márcio tem 500 e pouco (são 523 partidas oficiais). É um grande amigo e ídolo, não só o Márcio, mas muitos jogadores que passaram aqui, o Pituca e o Robston, caras que me espelho bastante, o Anaílson, com quem não joguei, o Lindomar. Espero que também possa vir a ser um ídolo vestido a camisa do Atlético pela história que tenho aqui”.

Jorginho 250 jogos (Foto: Nathalia Freitas – Sagres Online)

Desde 2013 no clube, exceto por duas passagens pelo futebol asiático, em 2015 pelo Seongnam, da Coreia do Sul, e no ano passado pelo Al-Qadisiya, da Arábia Saudita, Jorginho ganhou dois títulos do Campeonato Goiano (2014 e 2019) e um do Campeonato Brasileiro da Série B (2016). Apesar de lembrar do gol emocionante do zagueiro Lino na final do Goianão em 2014 contra o Goiás, Jorginho afirma que 2016 foi seu ano mais especial jogando pelo Atlético.

“Por tudo que vivemos no Campeonato Goiano, em que não chegamos nas finais e em um momento que as pessoas não acreditavam na gente, e demos a volta por cima, então foi um ano maravilhoso. O gol mais importante foi contra o Joinville, na abertura do estádio Olímpico, onde fui criado e joguei bastante quando era menino, e fiz um gol muito importante. Mas tem muitos gols, esse ano também nas semifinais do Goiano, no momento que o time mais precisou eu estava ali para ajudar”, recorda.

Nesta temporada, os rubro-negros brigam mais uma vez pelo acesso para a Série A, algo que Jorginho já conquistou em 2016 ao lado de jogadores como Jonathan e Pedro Bambu, com quem também joga no Atlético desde 2013. “Isso vai ser uma marca histórica e espero conseguir meus objetivos, mas o meu principal é conseguir esse acesso que tanto almejamos e trabalhamos. Nos dedicamos desde janeiro para conseguir esse objetivo e estamos muito perto, mas temos que pensar jogo a jogo para conseguir”, salienta.

A próxima ‘final’ para a equipe comandada por Eduardo Barroca será já nesta sexta-feira (15), no Antônio Accioly, às 21h30. O meia afirma que o jogo, um confronto direto na briga por um lugar no G4, é “mais uma decisão. Como foi contra o Oeste, vai ser contra o Paraná. Um jogo muito difícil, em que o adversário joga muito bem fora de casa, mas espero que com a ajuda do nosso torcedor o Accioly possa estar lotado e eles nos ajudem e empurrem para conseguirmos o objetivo, que é subir para a Série A”.