Disseminada na cultura brasileira, a agricultura tem perdido espaço com o crescimento dos centros urbanos. Porém, a juventude corre atrás de saídas sustentáveis para a popularização de uma modalidade que une o agro às grandes selvas de pedra, a agricultura urbana.

“Algumas alternativas que estão sendo utilizadas são o adubo orgânico e os bioinsumos. Eles são muito importantes. Usando o processo da compostagem, reduz o custo da produção e trabalha a sustentabilidade”, é o que conta Eduarda Giovana.

A aluna de 24 anos da Universidade Federal de Goiás (UFG) é responsável por um projeto de produção de adubo natural. Nele, restos de feiras de rua, alimentos orgânicos e restos de podas de árvores descartados são reaproveitados.

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Imagem: Faeg Jovem

Empreendedorismo Jovem

A iniciativa tem parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) Jovem, e o coordenador de um projeto, Thiago Evangelista, revela que a produção de inovação e desenvolvimento de técnicas agrícolas sustentáveis são fundamentais para o crescimento da agricultura urbana.

Para ele, a coletividade tem um papel muito importante para o crescimento pessoal e profissional dos jovens. “Quando a gente se dedica para um projeto desse, nós nos desenvolvemos pessoalmente e profissionalmente. O empenho no trabalho promove um crescimento muito interessante do grupo como um todo e conseguimos um resultado melhor ainda”.

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Além disso, a gestora do Departamento Social da Faeg Jovem, Mayana Vilanova, afirma que o processo ainda abraça o meio ambiente. Ela conta que o processo ainda promove o empreendedorismo na juventude, tendo em vista que é feita a comercialização tanto do adubo quando do que é produzido na horta comunitária de Trindade, onde a iniciativa é executada.

“Esse plantio pode ser feito em diversas áreas aqui em Goiânia para aproveitar o espaço urbano inutilizado. Não apenas para sustento próprio, mas também para a comercialização. Estamos promovendo o empreendedorismo jovem”, conclui.

Graciella Corcioli, professora da Escola de Agronomia da Universidade Federal de Goiás (UFG)

Sustentabilidade

Ademais, vale ressaltar que a produção do adubo desenvolvida por Eduarda também é sustentável, por se utilizar de descartes de materiais e produtos orgânicos do meio urbano. A professora da Escola de Agronomia da UFG, Graciella Corcioli, explica como ocorre o processo de produção desse adubo orgânico através da compostagem.

“Podemos utilizar restos de diversos tipos de alimentos, podas de grama, de árvores e uma série de outros materiais naturais. Tudo é juntado numa composteira e será fermentado por dias, formando assim o composto orgânico”, esclarece.

Atividade do projeto que Eduarda participa. Foto: Eduarda Gioavana.

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Por fim, são iniciativas como essa que podem inspirar a juventude para serem símbolos de mudança e inovação. A Eduarda sabe que está deixando seu legado e incentiva o surgimento de novos projetos.

“Se eu pudesse dar um conselho para os jovens é que se envolvam e façam projetos dentro de suas áreas, é muito importante. Eu sou apaixonada pelo agro e sei que posso fazer a diferença não só para mim, mas pra toda a sociedade.”

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