Foto: Rubens Salomão/Sagres On

O juiz Rafael Ângelo Slomp, da 11ª Vara da Justiça Federal em Goiás, decidiu na noite desta terça-feira (2) converter em prisão preventiva a prisão temporária do presidente da Agência Estadual de Obras e Transportes (Agetop), Jayme Rincón, e de seu motorista, o PM, Márcio Garcia de Moura. A prisão dos dois venceria à meia-noite desta quarta-feira, agora eles ficarão detidos por tempo indeterminado.

Na mesma decisão, o juiz prorrogou por mais cinco dias as prisões temporárias do empresário Carlos Alberto Pacheco e do filho de Jayme, Rodrigo Godoi Rincon, e concedeu a liberdade para o quinto preso, Pablo Rodrigo de Oliveira.Os cinco foram presos na sexta-feira (28) pela Operação Cash Delivery que investiga as delações de quatro-ex-executivos da Odebrecht

Em 2017, eles declaram ao Ministério Público Federal que teriam doado R$ 10 milhões às campanhas do ex-governador Marconi Perillo em 2010 e em 2014. Durante as buscas e apreensões realizadas na sexta-feira, a Polícia Federal encontrou R$ 940 mil na residência do PM Márcio Garcia

O juiz da 11ª Vara abriu o sigilo do processo, preservando apenas as informações da quebra dos sigilos bancários e fiscal, e autorizou o acesso da defesa de Jayme Rincon e de Márcio Garcia Moura para acesso à íntegra da ação, à exceção das diligências em curso. O juiz Rafael Ângelo autorizou o compartilhamento de toda prova produzida nesta investigação e sua utilização em outras esferas. Ele também determinou a transferência do policial militar para uma unidade do Exército em Goiânia.