Foto: Rubens Salomão/Rubens Salomão

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O senador Jorge Kajuru (PSB) admitiu em entrevista à Sagres 730 nesta sexta-feira (29) que errou “na forma”, mas não no conteúdo das críticas que fez ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Em entrevista a uma emissora de rádio, o senador goiano afirmou: “Queremos saber como você tem R$ 20 milhões de patrimônio. De onde tirou? De Mega Sena? Herança de quem? Foram das sentenças que você vendeu, seu canalha. Ele viaja 12 vezes por mês a Portugal com o dinheiro de vocês. Tem vários imóveis lá”.

O ministro pediu ao presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, para que sejam tomadas providências a respeito do fato. “Tenho direito inviolável de usar a palavra do jeito que quero”, disse, referindo-se à imunidade parlamentar. Forte defensor da criação da CPI Lava Toga, para investigar o Judiciário, Kajuru critica o presidente do Senado, Davi Alcomumbre (DEM). O presidente não instalou a comissão, apesar de ela ter 29 assinaturas, quando o mínimo necessário são 27.

Diante da pressão interna, Alcolumbre encaminhou o requerimento para parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Ele vai voltar da CCJ, será colocado em votação no plenário e será derrubado, afinal são 29 votos [favoráveis à instalação] entre 81 senadores”, disse, reafirmando que se isso acontecer entrará com recurso na Justiça.

O senador também comentou a decisão da ex-senadora Lúcia Vânia, anunciada nesta quinta-feira (29) de deixar o PSB para se filiar ao Cidadania, antigo PPS. “Ela não deixou o partido, o partido é que disse a ela, ‘saia’”, disse, afirmando que o presidente nacional, Carlos Siqueira, recomendou sua saída.

Kajuru afirma que Lúcia Vânia fez um trabalho de respeito, que “não roubou”, mas que sua fase se encerrou. “Acabou o ciclo dela”. A presidência regional do PSB foi oferecida a Kajuru, mas ele afirma que não é seu perfil ser presidente de partido e recomendou a nomeação do deputado federal e seu aliado, Elias Vaz.

O senador não enxerga vontade política do governo do presidente Jair Bolsonaro de aceitar mudanças no projeto da reforma da Previdência para garantir sua aprovação pelo Congresso Nacional. Ele diz que há um sentimento generalizado entre seus colegas no Senado de que são necessárias mudanças no projeto.

Para o senador goiano, a reforma não vai andar na próxima semana, mesmo que o presidente Bolsonaro mantenha sua promessa de manter um relacionamento amistoso com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia Bolsonaro mantenha sua promessa de manter um relacionamento amistoso com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Os dois trocaram intensas farpas pela imprensa, o que atrasou a tramitação da reforma nas duas últimas semanas.

Para Kajuru, o presidente vai “ter de jogar o jogo” para aprovar a reforma, ou seja, terá de fazer o toma lá, dá cá, diz. O senador afirma que a articulação política no Congresso Nacional não mudou com a eleição dos novos parlamentares em 2018. “O presidente tem sido procurado pelos 500 deputados e pelos 80 senadores [são 81 senadores, mas Kajuru diz que não está nesta relação] para pedir cargos”.