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O Cremego aprovou a interdição ética do exercício da medicina no Cais Campinas por 60 dias, prazo que poderia ser prorrogado caso não fossem sanadas as deficiências apontadas pela fiscalização do Conselho. A medida, que proíbe o trabalho de médicos na unidade, que, de acordo com a fiscalização do Cremego não possui condições mínimas para a segurança do ato médico, entraria em vigor nesta segunda-feira (10), mas foi suspensa por uma liminar da Justiça. Com isso, o Cais Campinas segue funcionando. 

A interdição total do exercício médico no Cais sob pena de infração ao Código de Ética Médica foi adotada pelo Cremego após um longo processo de fiscalização iniciado em 2012 a partir de várias denúncias de ausência de condições adequadas para a prática da medicina no local, após a constatação de irregularidades não sanadas nos prazos acordados entre o Conselho e os gestores e depois da recente verificação de que as condições de funcionamento do Cais vêm piorando cada vez mais, o que coloca em risco a vida e a saúde de inúmeras pessoas que dependem desse serviço público de saúde.

O Cremego constatou ser a morosidade na correção/solução das irregularidades encontradas no Cais Campinas irrefutável e injustificável, indicando a ausência de interesse dos gestores responsáveis em solucionar os problemas encontrados. O Conselho alerta que a saúde dos trabalhadores do Cais Campinas e dos pacientes que procuram essa unidade de saúde está sendo totalmente negligenciada pelos gestores públicos. O funcionamento da referida instituição de saúde, nas condições nas quais se encontra, implica em elevado risco para o desempenho ético da medicina e para a vida e a dignidade da pessoa humana.