Em palestra ministrada nesta segunda-feira (17) na capital paulista ao lado do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) propôs a taxação de combustíveis fósseis.

Segundo Marconi, a medida se deve ao fato de que combustíveis fósseis agridem o meio ambiente e causam danos à saúde. O governador, que participa da 16ª Conferência Internacional Datrago sobre Açúcar e Etanol, afirma que agirá para que a Organização Mundial da Saúde (OMS) crie políticas em relação aos combustíveis poluentes semelhante ao que é desenvolvido para combater o tabaco.

Goiás ocupa atualmente a segunda posição no ranking dos maiores produtores de açúcar e etanol. Apesar do período seco deste ano, o estado deve produzir cerca de 7 milhões de toneladas de cana de açúcar. Marconi argumenta que o etanol proporciona desenvolvimento para Goiás.

“O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos municípios produtores de cana cresceu 65% entre 1970 e 2010, enquanto o IDH dos municípios sem produção agrícola representativa cresceu apenas 57%”, disse. Reafirmou que Goiás tem “forte compromisso” com a energia renovável e também tem hoje uma das matrizes energéticas “mais limpas do País”, com produção de etanol, biomassa e biodiesel.

A Conferência Internacional Datrago reúne produtores de açúcar, etanol e biodiesel dos cinco continentes, com a participação de autoridades públicas, fundos de investimento, empresas de logística, distribuidores e fornecedores de insumos.

No encerramento da palestra, Marconi disse que como governador, político e cidadão não consegue entender porque até hoje a OMS não recomendou a taxação dos combustíveis fósseis pelo mal que fazem à saúde e ao meio ambiente. “O Brasil deveria ser protagonista nessa política, até para atender os compromissos feitos na COP 21”, arrematou.