As fontes de energia são um conjunto de recursos naturais presentes na natureza. Assim, ao juntarmos o quanto de energia produzimos com cada uma delas, denominamos esse conjunto de matriz energética. Dentre essas fontes temos os recursos fósseis, como petróleo, gás natural e carvão mineral. E os recursos limpos, como a eólica, a solar, os recursos hídricos e a biomassa. Atualmente, menos de 20% da energia produzida no mundo vem das fontes limpas ou renováveis.
Os recursos fósseis e os limpos são igualmente importantes para a vida humana. É através deles produzimos energia, necessária para praticamente todas as atividades que fazemos hoje. Porém, ao longo dos anos, percebemos que a atividade de retirar esses recursos causa danos ambientais e alguns demoram muitos anos para se recompor na natureza. Além disso, Observou-se que a falta de cuidado com essa extração afeta a saúde e a sobrevivência das gerações futuras.
Logo, ao entendermos que há a possibilidade de produzir energia sem danificar as fontes, o meio ambiente e a nossa saúde, a transição energética dos recursos fósseis para as fontes renováveis se tornou necessária em escala global. Mas por 81% da matriz energética mundial é de recursos que não são renováveis.
Aquecimento global
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), as “mudanças climáticas são transformações a longo prazo nos padrões de temperatura e clima”. As mudanças que estão ocorrendo podem ser naturais por meio de vários ciclos como o solar. No entanto, as atividades humanas envolvem a queima de combustíveis fósseis e a extração dos recursos naturais contribuem muito para o aquecimento global da terra.
A terça-feira (4) foi o dia mais quente já registrado no planeta quando a Terra atingiu 17,18°C, segundo dados do Centro Nacional de Previsão Ambiental dos Estados Unidos (NOAA). Na segunda-feira (03), a temperatura média global foi de 17,01ºC. O recorde anterior era de 16,92° C registrado durante agosto de 2016.
Em entrevista recente à Sagres, o professor de Geociências do Centro Universitário Internacional UNINTER, Otacílio Lopes, afirmou que a conversão das fontes de energia que nós utilizamos é um dos maiores desafios que temos na atualidade.
“Não tem como continuar usando esses recursos porque eles tem uma série de impactos ambientais que estão causando uma série de consequências aos equilíbrios dinâmicos do nosso planeta. E eles também estão por trás do aquecimento global”, afirmou. “Então nós temos praticamente uma gaiola em que a gente está se colocando e a saída para isso, então, é ir atrás de fontes renováveis”, completou.
Viabilidade da transição
Os recursos para a produção de energia são naturais, portanto, a matriz energética prevalente depende das fontes que cada país possui em seu território. Desta forma, muitas nações têm dificuldades em viabilizar a transição energética por não possuírem os recursos renováveis em abundância.
Otacílio Lopes explicou que a sustentabilidade é voltada para a questão ambiental, mas também econômica e social. “Então, quando a gente fala de energia elétrica, a gente também está falando sobre um assunto muito ético que tem muita questão que a gente precisa discutir”, destacou.
Neste cenário, o Brasil é um dos países com mais destaque no mundo em relação às fontes renováveis, sendo um grande exemplo com 83% de sua matriz elétrica de fontes limpas. A matriz limpa do Brasil conta com as fontes: solar, eólica, biomassa e hidráulica.
Para ajudar os países a formularem políticas de desenvolvimento que unem crescimento econômico e sustentabilidade, a ONU criou os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU da Agenda 2023. O ODS 07 – Energia Acessível e Limpa visa garantir o acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos.
*Com informações do Jornal da USP
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 7 – Energia limpa e acessível.
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