Entrou em vigor no último domingo (15) no México uma das leis antifumo mais rígidas do mundo. A nova legislação proíbe o consumo de tabaco em todos os espaços públicos do país, como restaurantes, escritórios, hotéis, parques e praias.

Além do consumo, as regras do novo Regulamento da Lei Geral de Controle do Tabaco, anunciado pela Secretaria de Saúde (SSa) mexicana, também limitam a venda e compra e ainda veta a publicidade de produtos relacionados ao tabagismo.

“É proibido realizar qualquer forma de publicidade, promoção e patrocínio de produtos feitos com tabaco, direta ou indiretamente, por qualquer meio de comunicação e divulgação”, pontua um dos artigos da nova lei antitabagismo mexicana.

Desta forma, cigarros não podem estar expostos no interior das lojas, enquanto os espaços livres de fumaça devem ser ampliados. As áreas exclusivas para fumantes devem estar localizadas apenas em lugares ao ar livre.

Gady Zabicky Sirot, diretor da Comissão Nacional contra os Vícios (Conadic), destacou que “o México torna-se um dos países pioneiros na proteção da saúde de crianças e adolescentes”. Um dos principais objetivos da medida é ampliar a proteção contra a exposição à fumaça do tabaco e suas emissões, em especial dos jovens.

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que elogiou a rigorosa implementação do governo mexicano, destacou que o consumo de tabaco é a causa de morte mais evitável no mundo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 8 milhões de mortes por ano estão relacionadas ao cigarro.

No México, existem cerca de 16 milhões de fumantes e, segundo dados da SSa, mais de 173 pessoas morrem diariamente no país por doenças associadas ao tabagismo. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 443 brasileiros morrem todos os dias e que 161 mil mortes relacionadas ao cigarro poderiam ser evitadas no Brasil.

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