O ministro da Educação, Camilo Santana, participou nesta quarta-feira, 22 de novembro, de audiência pública na Câmara dos Deputados. Na ocasião, o chefe da Pasta apresentou falou sobre o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e também apresentou as principais ações do Ministério da Educação (MEC) aos parlamentares das Comissões de Educação; de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Fiscalização Financeira e Controle. 

Sobre o Enem ao ser questionado sobre suposto teor ideológico na prova, Santana esclareceu que as questões sobre o agronegócio foram elaboradas a partir de livros, de modo que tratam de uma questão de interpretação de texto, e não de um posicionamento do governo ou do MEC. 

“Não há a possibilidade de nenhuma interferência política deste governo em relação às provas do Enem. Repito, os itens elaborados foram do governo passado, testados em 2022. E outra coisa: [foram] tirados de um livro, e a questão é de interpretação de texto”, reiterou. 

Camilo lembrou ainda que “a seleção e a elaboração desses itens [questões do Enem] ocorreram no governo passado, e que fará uma nova seleção de professores para elaboração da prova.

O ministro afirmou, ainda, que o atual governo apoia o agronegócio brasileiro, bem como compreende a importância do setor para a economia brasileira.  

Audiência na Câmara com a presença do ministro da Educação (Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados)

Camilo Santa disse que respeita “muito os educadores brasileiros” e que quer “um país com a educação plural, inclusiva, respeitando as diferenças, as visões de mundo, porque isso faz parte da democracia”.

Segundo o ministro, uma das questões do Enem 2023 que foram contestadas, sobre a atuação do agro no Cerrado, trata-se de uma “questão que foi elaborada a partir de um livro, que é uma questão de interpretação. Isso não significa dizer que é um posicionamento do governo ou do Ministério da Educação”.

Esta e outras duas questões da prova chegaram a ser contestadas anteriormente, inclusive com pedido de anulação pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O ministro, porém, não fez menção à anulação de nenhuma outra pergunta do Enem 2023.

Segurança nas escolas 

Quanto à segurança nas escolas, o ministro recordou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituiu um Grupo de Trabalho Interministerial para tratar da pauta logo que os casos de violência nas escolas aumentaram. “Esse é o esforço que nós temos tentado construir dentro do MEC. Eu não acredito em nenhuma construção de política que não seja construída coletivamente, ouvindo, inclusive, os entes que executam a política na ponta, porque, se for de cima para baixo, não vai dar certo”, disse.    

*Este conteúdo está alinhado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) ODS 04 – Educação de Qualidade

Leia mais

MEC vai investir mais de R$ 3 bilhões em programa de educação inclusiva

Alunas da rede pública unem amizade e estudos e vão cursar medicina juntas

Inteligência artificial desafia alunos e educadores