Mãe Carmen. Assim era conhecida Carmen de Moura e Oliveira, 88, uma das torcedoras mais apaixonadas pelo Vila Nova Futebol Clube. A dona de casa morreu na madrugada desta segunda-feira (14), às 2h. Mãe Carmen estava internada no Instituto Neurológico de Goiânia desde quinta-feira (10), devido a complicações. Ela já estava doente há anos e, nos últimos dias, o estado de saúde da torcedora piorou em decorrência de uma pneumonia e problemas nos rins. Carmen será velada no Cemitério Parque Jardim das Palmeiras, no setor Criméia Oeste, e sepultada no Cemitério Santana, no Setor dos Funcionários.

Comentário de Edson Rodrigues sobre mãe Carmen: {mp3}stories/2013/outubro/edson_rodrigues_mae_carmen-14-10-2013{/mp3}

Deixando quatro filhos biológicos, outros de criação, 12 netos e mais de 20 bisnetos, Carmen sempre morou próximo ao Estádio Olímpico de Goiânia. Segundo Gilvan, neto de Mãe Carmen, a torcedora recebia os jogadores do Vila Nova em sua casa antes e depois dos jogos, oferecia alimentação, descanso e tratamentos caseiros de saúde, como bolsa de gelo. “A casa da minha avó era o lugar onde os jogadores faziam a concentração antes dos jogos”, conta Gilvan. O neto lembra também que Mãe Carmen fazia bolos para comemorar, no Estádio Olímpico, o aniversário do time e organizava ônibus para ver os jogos em outras cidades. “Ela era muito dedicada ao Vila”, diz Gilvan.

O neto fala que Mãe Carmen recebia visitas dos ex-jogadores até pouco tempo atrás. “O Guilherme, ex-atacante do Vila Nova na década de 70, ia toda semana vê-la”, conta. Mas com a idade, Carmen adoeceu e ficou acamada por mais de cinco anos. “Quando isso aconteceu, minha avó teve que deixar de acompanhar o Vila”, diz Gilvan. No entanto, devido a todo amor dedicado ao time, filhos, netos e bisnetos hoje são torcedores fiéis. “Por causa da minha avó, todos os familiares gostam do Vila Nova. Temos grande carinho pelo time”, conclui Gilvan.